“Marco Zero, cartão postal, centro comercial, ponto de convergência ou centro de lazer e de integração social…”
Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre da internet, a definição de praça (do latim: platea) é bastante ampla, considerada como qualquer espaço público urbano livre de edificações e que propicie convivência e/ou recreação para seus usuários.
Em geral, esse tipo de espaço está associado à ideia de prioridade ao pedestre e não acessibilidade a veículos, como sempre se constatou no principal equipamento público de Palmital, a conhecida e sempre referência Praça da Matriz, que desde a sua concepção, junto com a formação da cidade, ainda antes de se tornar município, serviu como área de convivência.
Marco Zero, cartão postal, centro comercial, ponto de convergência ou centro de lazer e de integração social, a praça passou por diversas fases, seja como endereço dos três cinemas que se sucederam para lazer e entretenimento, e dos mais conhecidos comércios, como o tradicional bar Ponto Chic, depois Patinhas, além de lojas e outros estabelecimentos que disputavam seu entorno.
Entretanto, a mudança no comportamento das pessoas, que priorizaram a televisão, e as alterações nos conceitos arquitetônicos e paisagísticos contribuíram para seu esvaziamento.
As primeiras grandes remodelações, entre 1960 e 1970, reduziram a área verde com a diminuição de árvores, até mais recentemente chegar a priorizar espaços para estacionamento de veículos, mesmo sem aumentar muito o número de vagas, mas poluindo o visual que deveria ser livre e agradável.
As duas grandes seringueiras erradicadas e a falta de arborização adequada foram fatais para que a praça se tornasse espaço árido, de curta permanência ou apenas de facilitação de passagem entre as principais ruas, deixando de exercer seu papel natural de área de convivência.
Mais de 100 anos depois de sua concepção original, encontramos novamente a praça da Matriz como ponto de convergência da população e espaço para entretenimento, lazer e convivência.
A decoração natalina mais bem elaborada provou que a população responde muito bem às iniciativas de socialização e integração em espaço comum, onde as pessoas se encontram, se reconhecem e se relacionam com mais tempo ao desfrutar das amenidades que tornam a vida em sociedade muito mais prazerosa.
Depois desta excelente experiência, só resta aguardar iniciativas de restituir o ponto de convergência social da cidade, pois está provado que a praça é de todos, que a praça é nossa.