A sucessão municipal

Historicamente, Palmital é a cidade que menos cresce na microrregião de Assis, a última que conquistou casas populares, a única que não possui estradas secundárias ligando às vizinhas e que não tem acesso oficial à principal rodovia da região, a Raposo Tavares, cuja vicinal não está sob responsabilidade da empresa concessionária.

Também historicamente, a média de idade dos prefeitos eleitos no município nos últimos 100 anos sempre foi elevada, lembrando os casos dos principais, como Manoel Leão Rego, que faleceu durante o terceiro mandato, e de Albino Rainho, que adoeceu e se licenciou no segundo mandato.

Com duas correntes políticas distintas desde a primeira eleição de Manoel Leão, em 1954, a polarização sempre foi muito maléfica para a cidade que teve projetos e obras interrompidos e oposições ferrenhas, que inviabilizavam o trabalho do adversário no cargo.

Essa tendência de dois candidatos representando dois grupos foi mantida, ainda que em menor escala, até a eleição de 2020, quando cinco pretendentes disputaram a prefeitura, iniciando assim a pulverização da política municipal, que ficou muito menos acirrada e sem alas muito bem definidas.

“…a média de idade dos prefeitos eleitos no município nos últimos 100 anos sempre foi elevada…”

A aposta feita pelo eleitorado de Palmital em 2020, em um jovem novato na política, ainda que oriundo de família de políticos, foi uma novidade quanto à candidatura, sempre reservada a pessoas mais velhas, assim como pela renovação, de pela primeira vez a cidade contar com um prefeito jovem, recém completado 30 anos.

A desconfiança inicial foi substituída pela surpresa já no primeiro ano, quando se constatou a formação de uma equipe administrativa também com pessoas mais jovens e, consequentemente, sem os vícios dos antigos, e pelo dinamismo implementado nas ações cotidianas do executivo, na boa relação com o legislativo e pelos projetos apresentados e executados rapidamente, que animaram a iniciativa privada a investir mais na cidade.

A instalação de novas empresas que geraram mais empregos, os investimentos em várias áreas, como a finalização das creches abandonadas e o reinício do projeto de casas populares são alguns exemplos de aceleração do desenvolvimento em curto prazo.

Agora, às vésperas de uma nova eleição municipal, o eleitorado tem como tarefa o julgamento dessa nova fase da política municipal, se deve continuar ou ser substituída por outro projeto, como, pelo bem ou pelo mal, permite a democracia participativa.

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Cláudio Pissolito

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