Adolfo Silvério da Cruz, nascido em Palmital, comemora 100 anos de vida nesta sexta-feira

A vida, que para muitos é curta, também pode ser longa como uma dádiva àqueles que as compartilham experiências de alegria e dedicação à família e ao trabalho e deixam contribuições para a sociedade em que estão inseridos. Exemplo de longevidade e partilha de bons exemplos em Palmital é o aposentado Adolfo Silvério da Cruz, que completa 100 anos nesta sexta-feira (30/05). Em um centenário de existência, ele se mantém como sinônimo de alegria, valorização ao trabalho e dedicação à família.

Adolfo nasceu em 30 de maio de 1925 na propriedade da família, na Água Nova, em Palmital. Junto com o gêmeo Lindolfo, que morreu há mais de 20 anos, eram os filhos mais velhos do casal Albino Silvério da Cruz e Francisca Maria de Souza, com outros 9 irmãos, dos quais restam apenas três. O aposentado é neto de Joaquim Silvério da Cruz, um dos pioneiros que chegaram ao Vale Paranapanema no final do século XIX e contribuíram para a formação do município de Palmital.

Aos 10 anos, Adolfo se mudou com os pais para Itambaracá, município vizinho do Paraná, para trabalhar em lavouras de café, onde teve a oportunidade de estudar por pouco tempo. Em 1947, se casou ainda jovem com Isaura, com quem teve os filhos Benedito e Nélia. Como trabalhador rural, retornou a Palmital na década de 1960 e continuou a auxiliar na propriedade da família.

Após a morte da primeira mulher, em 1977, Adolfo se casou com Amália Serafim da Cruz, de família cearense, com quem teve o filho Adilson Serafim da Cruz, o Yako, profissional de eventos muito conhecido em Palmital. Ele continuou a trabalhar no campo até 1985, quando se mudou para a cidade e passou a atuar como auxiliar de marcenaria na antiga Macamp, que produzia portas de madeira.

Adolfo se aposentou em 2003 e manteve a rotina de trabalho, quando passou a produzir artesanalmente redes para pesca e para instalações esportivas como quadras e campos de futebol. Outra atividade à qual se dedicou por mais de 20 anos foi a participação nos projetos do Centro de Convivência do Idoso (CCI) Eloy Atanis Garcia, mantido pela Prefeitura abairro Paraná, período em que disputou diversas edições dos Jogos da Melhor Idade (Jomi), e conquistou um grande número de medalhas.

O aposentado lembrou que, desde a juventude, gosta do contato com a natureza e recordou saudosamente as pescarias com o pai no rio Paranapanema. “Fui criado com leite de cabra e, por isso, nunca fui sossegado”, divertiu-se ao falar sobre se manter sempre em atividade.  Segundo a esposa, Adolfo não possui qualquer doença crônica, como diabetes e hipertensão, nem toma remédios de uso contínuo, algo aparentemente incomum para uma pessoa em idade avançada.

Questionando sobre o segredo da longevidade, Adolfo brincou que “também queria saber”, afirmando não ter uma receita para a vida longa, confessando até que fumou por cerca de 60 anos. Como conselho para a vida, afirmou que é necessária a tranquilidade para todas as situações. “Tem de ter calma e paciência, pois com isso você vence tudo”, recomenda o aposentado.

Adolfo enfatizou também, como exemplo da própria vida, o respeito à família e aos amigos, lembrando ainda a importância da dedicação ao trabalho para vencer as dificuldades. “Mas tem de ter cuidado e prestar atenção no que faz para não dar problema”, completou o aposentado, ressaltando a necessidade de evitar os riscos nas atividades cotidianas. Para comemorar o centenário, está prevista uma festa no sábado (31/05) para Adolfo receber o carinho e as homenagens de familiares e amigos.

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