Agricultores denunciam furto de espigas de milho em plantações de Palmital

Além de sofrer com fatores climáticos, com falta de chuvas que reduziu a produtividade na safra de inverno, os agricultores de Palmital estão sendo prejudicados com furtos nos milharais. A situação foi denunciada por agricultores, relatando que pessoas não identificadas estão subtraindo manualmente as espigas secas de milho antes do trabalho de colheita mecanizada, causando ainda mais prejuízos em diversas lavouras.

Fotos compartilhadas em redes sociais mostram flagrantes de sacos de espigas de milho, bem como montes espalhados no chão, que foram colhidas manualmente para serem posteriormente levadas pelos autores dos furtos. Pelo menos seis produtores denunciaram casos em suas propriedades que ficam em áreas próximas à zona urbana de Palmital. “Estamos sendo saqueados”, reclamou um produtor revoltado que pediu anonimato.

Segundo ele, um dos sacos até continha até uma balança, mostrando a organização do esquema que pode abastecer um mercado paralelo com o milho furtado em Palmital. “Até pessoas com ‘caminhonete nova’ chegaram a ser surpreendidas nas roças”, revelou. O agricultor destacou que pessoas vão até os milharais durante o dia para “quebrar” as espigas e ensacar o milho, que é recolhido à noite.

“Além de nos furtarem milho verde, agora estão levando as espigas secas. E não é pouco o que estão levando”, afirmou o produtor que estimou a subtração de aproximadamente 100 sacas até o momento. Ele citou que em apenas uma área na região da Água Clara havia mais de quinze sacos amontoados, pronto para ser levados. “Na noite de terça-feira (02/07), durante atendimento a incêndio em canavial no mesmo local, os agricultores que ajudaram no combate as chamas encontraram mais montes de espigas colhidas”, afirmou.

O produtor contou também alguns agricultores estão até antecipando a colheita do milho, mesmo em uma condição de maior umidade dos grãos para evitar maiores prejuízos. Ao final, enfatizou ainda que as vítimas dos furtos estão receosas de registrar ocorrência na polícia por temor de que os saqueadores ateiem fogo nas plantações como forma de represália, causando danos ainda maiores aos seus negócios.

POLICIAMENTO – O sargento Marco Antônio de Oliveira, comandante do Pelotão da Polícia Militar de Palmital, informou que até a tarde desta quarta-feira (03/07) não havia denúncias de furto de milho de registradas em propriedade rurais do município. Ele destacou que há rotineiras ações de patrulhamento na zona rural previstas tanto na Atividade Delegada, por meio de convênio com a Prefeitura, quanto nos cartões de rota normalmente realizados pelas equipes da PM.

O sargento ressaltou a importância das vítimas realizarem o registro das ocorrências em órgãos policiais, para que as demandas resultem na intensificação da presença do policiamento ostensivo na zona rural para o combate aos crimes. De acordo com o comandante da PM, os agricultores que virem pessoas em atividade suspeita nas propriedades podem fazer a solicitação por meio do telefone 190, informando a localização e as características dos suspeitos para possibilitar o envio da viatura para averiguar a situação.

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Cláudio Pissolito

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