As recentes e continuadas chuvas havidas em Palmital e na região nas últimas semanas foram pródigas na reversão do receio dos agricultores que fizeram o plantio principal do ano e também dos moradores de várias cidades que sofriam com o abastecimento irregular de água causado pela seca prolongada.
As plantações de soja e de cana, verdes e viçosas, e as torneiras jorrando água em abundância, são resultados da volta das chuvas em quantidade suficiente para suprir as necessidades das lavouras, das hortas, dos pomares e também dos sistemas de abastecimento de água que delas dependem.
Entretanto, é diante da fartura de alimentos nas feiras e nos supermercados, da melhoria da qualidade das frutas e da abundância de águas nas torneiras que os efeitos e a importância das águas são esquecidas de imediato, sem que qualquer medida seja adotada para enfrentar novas crises que certamente virão.
E a preocupação com a falta de água não pode e não deve se restringir às autarquias que administram os sistemas de captação e distribuição ou do poder público responsável pelo abastecimento, mas também pelo conjunto da população que deve ter consciência da necessidade da preservação do meio ambiente.
“…chuvas em quantidade suficiente para suprir as necessidades das lavouras, das hortas, dos pomares…”
A proteção e a recuperação dos recursos naturais, essenciais para o equilíbrio hídrico nas microrregiões, é de responsabilidade de todos, desde o morador das regiões centrais das cidades, que deve economizar e, sempre que possível, reservar e reaproveitar a água, sem qualquer desperdício, assim como dos proprietários e moradores rurais, que devem proteger as matas, os rios e as nascentes.
O plantio árvores em frente às casas, a manutenção de áreas de infiltração nos quintais e nas calçadas, a construção de cisternas e a economia permanente de água são essenciais para evitar o desabastecimento.
As medidas simples, que garantem mais conforto térmico nas cidades e melhor qualidade de vida nas regiões rurais, servem para atenuar os efeitos da devastação ambiental levada a efeito nas últimas décadas e também para iniciar o processo de reversão da situação desconfortável a que estamos submetidos.
Afinal, ignorar os efeitos do descaso para com o meio ambiente, citar números aleatórios para negar fatos comprovados, explorar em demasia os parcos recursos restantes e exigir que o poder público seja o único responsável pela garantia da água são indicadores de falta de conhecimento da realidade.
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