É lamentável que em épocas eleitorais ainda existam elementos que se julgam donos da verdade e querem impor suas idéias, sem respeitar a opinião alheia. Pessoas que pedem nossa amizade nas redes sociais e, nós, desconhecendo sua falta de civilidade as acolhemos no rol de nossas amizades.
Infelizmente desconhecemos que se trata de pessoas contrárias à imprensa pessoas de uma índole antidemocrática, que prejulgam as pessoas no seu âmbito profissional dentro de sua crassa ignorância em cidadania. Querem impor sua opinião sem respeitar o direito do outro exercer sua cidadania, como qualquer cidadão brasileiro, seja ele jornalista, médico, advogado ou um simples roceiro, sem diploma de grau superior.
Estes, fora de sua profissão, são cidadãos com direito de ter também sua opinião própria como qualquer brasileiro, desde o mais abastado ao mais pobre, diplomado ou não, e aqui incluo também nós profissionais de mídia que somos os mais visados. Esses elementos que criticam tanto a imprensa são tão ignorantes que acham que jornalista não possa também ter sua opinião própria fora da redação porque dentro dela procura ser totalmente isento. Críticos de visão totalmente estrábica, própria da ignorância de gente que aparenta ser remanescente da ditadura militar. Já fui alvo dessa perseguição quando tive que parar no Dops por ter denunciado a tortura. Chegaram a fechar a Rádio 9 de Julho que pertencia a Arquidiocese de São Paulo, da qual eu era um dos locutores e jornalistas.
Imaginam que um jornalista profissional não possa ter também o direito de opinião própria, como qualquer cidadão que detém entre seus documentos um título de eleitor já que no seu trabalho, dentro da redação ou da reportagem busca ser totalmente isento. Acho que o respeito à dignidade de cada profissional deve fazer parte do exercício de cidadania tão carente para certas pessoas que se julgam donos da verdade absoluta.
Estamos vivendo um momento em que a paz e a tranqüilidade deve existir entre eleitores. Que esses elementos que se julgam os donos da verdade, respeitem opiniões contrárias e não partam para agressões e incivilidades. Da minha parte, seguindo o padre Zezinho, já decidi. Vou anular o meu voto.
Vote bem. Respeito é bom e eu gosto.
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(Alcindo Garcia é Jornalista com especialização em rádio e TV.
E-mail:alcindogarcia@uol.com.br