Palmital perdeu na noite do último sábado (22/11) Altino Barreiros, que foi comerciante tradicional na cidade e figura muito querida de comunidade. Aos 90 anos – prestes a completar 91 no próximo dia 12 de dezembro –, ele teve uma trajetória de vida foi marcada pelo trabalho na Casa Barreiros, pela fé espírita e pela dedicação às causas humanitárias.
Nascido em Palmital no ano de 1934, filho do casal João Barreiros e Lúcia Hespanhol, Altino foi militar e, posteriormente, passou a ajudar o pai na sapataria da família. Junto com os irmãos Antônio e Sérgio, assumiu no final da década de 1960 o comando da Casa Barreiros, um dos mais tradicionais estabelecimentos do comércio palmitalense, com 80 anos de história no ramo de calçados.
Altino se casou com Josefa Yolanda Boarato Barreiros, falecida em 2015, com quem teve as filhas Egídia, Raquel e Edna, que lhe deram netos e bisnetos. Juntos, construíram uma família pautada em valores sólidos e no compromisso com o próximo. Desde muito jovem, o comerciante esteve próximo ao pai, fundador do Centro Espírita Antônio de Pádua na década de 1930, colaborando na divulgação da doutrina espírita.
Inspirado por essa vivência, Altino se dedicou a ações de auxílio aos mais carentes, tornando a caridade um princípio fundamental de sua vida. Seguidor das mensagens de Allan Kardec e Chico Xavier, acreditava que “a caridade é a mais sublime das virtudes e a chave para a evolução moral”. Homem simples, trabalhador e desapegado de bens materiais, cultivava hábitos que refletiam sua personalidade: gostava de ler, andar de bicicleta e participar ativamente da comunidade.
Sua vida foi exemplo de solidariedade e fé, deixando marcas profundas entre familiares e amigos, muitos dos quais se tornaram admiradores de sua trajetória de vida e de seus ensinamentos. Nos últimos meses, enfrentou complicações de saúde decorrentes de uma cirurgia para reparar uma fratura no fêmur. Apesar de ter reagido bem ao procedimento, o organismo não resistiu ao uso intenso de medicamentos que comprometeram os rins.
A idade avançada agravou o quadro, levando ao seu falecimento no Hospital Regional de Assis, na noite de sábado (22/11). Altino foi velado na Funerária Santa Terezinha e sepultado na tarde de domingo (23/11), no Cemitério Municipal de Palmital, onde familiares, amigos e comunidade se despediram de uma pessoa que sempre acreditou no poder da caridade e da fé como caminhos para a evolução.












