Nós temos muitas necessidades. Nem sempre, porém, nos damos conta de todas elas. Aliás, como nós somos fracos para identificar o que realmente precisamos. Pra falar a verdade, a nossa vontade sempre se adianta à nossa necessidade. E, as vezes, chega, até, ao limite do desacordo. Há sempre uma incrível diferença entre aquilo que realmente precisamos e o que queremos.
Somos mestres da vontade e, acabamos pagando um preço bem alto por nossa falta de medida e de controle em todos os setores de nossa vida. Nada em demasia é saudável para o corpo e para a alma. Por que somos tão exagerados nas coisas se o exagero é o que nos destrói? Que vantagem traz a gula? Que utilidade tem o fanatismo? Que importância tem a fanfarronice? Que bem desponta da ostentação? Que honra traz a altivez?
Quem dera pudéssemos enxergar melhor tudo aquilo que realmente nos faz falta. Porque aquilo que fazemos tanta questão de ter, de buscar, de insistir… é o que nos tem derrotado.
O império da vontade sobre a necessidade advém de uma compreensão exteriorizada sobre a vida. Onde a busca do prazer pelo prazer justifica todas as perdas e negações. O império da vontade implantou o hedonismo e, como num ciclo vicioso, vieram os atos inconsequentes e imprudentes.
É tempo de despertar para tudo aquilo que realmente dá sentido à vida: que ilumina as ações; que esclarece os pensamentos; que dá fundamento às escolhas; que dá sustento às decisões; que torna durável um compromisso; que humaniza as relações; que dá lugar sempre ao perdão; que eterniza o amor e que desperta os corações! Estou falando do despertar aos valores!
Despertar para o valor do amigo e da amizade, do amor e da fidelidade, da pureza e da meiguice, alegria e do abraço, da absolvição e da abstinência, da abundância e da entrega, da acolhida e do aconselhamento; de acreditar e de acudir; da adesão e da adoção, da adoração e oração, da advertência e do afago, do anúncio e da fé, do apetite e da fome, do aplauso e da humildade, do apoio e da aprovação, da aposentadoria e do apostolado, do aprendizado e do ensino, da aprovação e da correção, da aproximação e da distância, do ardor e da brandura, da ascese e da mística, da atenção e da escuta, atitude e do entendimento, autenticidade e da auto-estima, autonomia e da dependência, bem-estar e da bênção, da serenidade e do serviço, do trabalho e do descanso, da unidade e da individualidade, da vida e da morte, do tudo e do nada.
O ano novo está ai! Valores não faltam se queremos dar sentido à vida!
Este ano de 2019 está de ‘bom tamanho’ para investir nos valores. Afinal, o que realmente necessitamos vem dos valores que cultivamos. Quanto mais os valores são cultivados, mais aprendemos sobre as nossas verdadeiras necessidades.
Em 2019 aprenda a investir diferente!