Coração acelerado, tremor nas mãos, pernas ou no corpo, angústia, apreensão, irritabilidade, dificuldade de concentração, perturbação do sono, rubor, suor excessivo, ganho ou perda de peso sem uma razão específica. Esses sintomas são familiares para você?
Pois saiba que esses são alguns dos principais sinais de transtorno da ansiedade generalizada (TAG), distúrbio que vem preocupando a cardiologia, não apenas no Brasil, mas globalmente.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 9% dos brasileiros apresentam os sintomas da patologia, número três vezes maior que a média mundial e que deixam o país no topo do ranking de casos registrados. É natural sentirmos ansiedade em determinados momentos, como nas horas que antecedem um acontecimento importante, uma entrevista de emprego, uma experiência nova, uma prova, teste, apresentação ou ao expor ideias.
A ansiedade é uma reação normal em situações que podem provocar expectativas, insegurança, medo ou dúvidas. No entanto, quando esse sentimento é negativo ou paralisante, algo está errado. Uma teoria diz que o estresse excessivo libera adrenalina em demasia. Esse hormônio se colocaria sobre as placas de gordura que revestem a artéria coronária, podendo rompê-las e fazer com que as placas de gordura soltas se acumulem na artéria e formem um coágulo, levando ao entupimento.
Contudo, ainda não há estudos comprovando essa tese, que delimita em torno de 20 anos o tempo para que esse processo aconteça, ou seja, o estresse levaria a um infarto em longo prazo. Um novo estudo, entretanto, descobriu que ansiedade implica em duas vezes e meia mais chances de ataque cardíaco. Foi um levantamento médico na Suécia, feito com 50 mil homens de 60 anos de idade, que teve acesso aos exames médicos de cada paciente nos últimos 37 anos. Assim, tem acompanhado os senhores desde que eram jovens de 23, daí a relação entre juventude e velhice nesse quesito.
Mas não existe realmente nenhuma causa comprovada que ligue estresse a problemas do coração, embora as suspeitas médicas estejam próximas da realidade. De qualquer forma, afirmam os cientistas, é bom evitar a ansiedade porque ela pode levar também à depressão, um problema quase tão grave quanto um ataque cardíaco.