A Prefeitura de Palmital e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) estão trabalhando nas últimas semanas para atenuar os efeitos da crise hídrica que, devido ao aumento do consumo causado pelo calor, deixou grande número de torneiras secas.
A situação é decorrente da crise hídrica ocasionada pela falta de chuvas desde o ano passado, que fez cair pela metade a capacidade de captação na cidade. O problema foi agravado pelo apagão de energia que impediu o bombeamento para o abastecimento dos reservatórios entre a noite de domingo (01/12) e a manhã de segunda-feira (02/12).
Seguindo a Prefeitura, a semana começou com baixo nível nos reservatórios devido à impossibilidade do bombeamento de água durante o período de 9 horas do apagão. “O Saae apela para que a população economize água até que essa situação melhore”, destacou trecho de nota enviada pela administração municipal.
Desde o final de semana, também houve uma mudança na operação emergencial para atenuar os efeitos da falta de água nas áreas mais afetadas da cidade.
A administração municipal informou que, durante todo o final de semana, vinha sendo adotada uma ação emergencial com uma frota de caminhões-pipa próprios e alugados que coletavam a água em poços do Jardim Real e Jardim Santa Lúcia, onde há maior disponibilidade hídrica, e levavam até o sistema do Horto Florestal para bombeamento até os principais reservatórios no centro da cidade e no bairro Paraná. Anteriormente, os veículos abasteciam diretamente as caixas d’água dos imóveis.
“Este mutirão aumentou o volume de água na rede e resultou em melhorias sentidas por muitos moradores durante o fim de semana. Porém, assim como em Assis, Echaporã e Maracaí, Palmital enfrentou desde domingo (01/12) a falta de energia generalizada que interrompeu o funcionamento do sistema de bombeamento dos poços para os reservatórios. Isso impediu que a água pudesse ser armazenada durante a noite, comprometendo o abastecimento nesta segunda-feira (02/12)”, destacou a Prefeitura.
“É importante deixar claro que essa situação agravou o problema, mas não é a causa principal da crise. A falta de chuvas por período prolongado e a redução da disponibilidade da água no subsolo são as causas do desabastecimento”, completou a administração.
A Prefeitura informou ainda que o esquema emergencial de levar água até o Horto será mantido com o objetivo de “amenizar a situação enquanto aguardamos chuvas mais consistentes.” “A partir de janeiro, vamos iniciar uma nova fase de perfuração de poços, que se somarão aos esforços já realizados”, concluiu a nota.