Apartamento adaptado, cama reforçada e dieta com frutas e iogurte: a rotina ‘vip’ de dois porquinhos de estimação

Joaquim e Tunico são os xodós de duas famílias nas regiões de Jundiaí (SP). Tutores gastam até R$ 3 mil por mês com as regalias deles.

Você já imaginou ter um “bichinho” de estimação de quase 400 quilos? Ou, então, dividir um apartamento com um porco? Na região de Jundiaí (SP), esses pets inusitados fazem parte de algumas famílias.

🐷 Joca

O apartamento de Michele Cristina seria comum, se não fosse pelo integrante especial da família: o Joaquim, um mini pig de dois anos de idade.

“Ele veio em um momento bem delicado da minha vida. Eu tinha acabado de perder a minha mãe e, aí, ele veio e eu falei: ‘é agora, né? É um desafio e vamos encarar’. E deu certo”, relata Michele, tutora do Joaquim.

Desde a chegada do Joca, os ambientes do apartamento da família foram adaptados com esteiras para ele não escorregar, já que o animal tem uma deformação nas patinhas e acaba escorregando muito, o que, segundo Michele, pode causar danos nas articulações dele.

Além disso, o que antes era a varanda da família se tornou o banheiro privativo do Joaquim.

O porquinho recebe muito amor da família e é a paixão de Manuela Bonfim, filha de Michele.

“Eu entrei na onda dela [mãe] de querer um porquinho. Ele é bem carinhoso, às vezes ele reclama que eu dou abraço, mas eu amo ele mesmo assim”, conta a caçula da família.

🐷 Nico

A poucos quilômetros de Jundiaí, em Cabreúva (SP), outro “porquinho” chama muita atenção: Tunico tem 370 quilos e é o xodó da família de Cleice Cristina.

Apelidado de Nico, o porco tem tratamento vip: deita na cama que foi reforçada para ele, toma banho todos os dias, e ama frutas e iogurte. Os tutores de Tunico contam que os gastos com todas as regalias dele beiram R$ 3 mil por mês.

A esteticista de animais Elizabete Zerial explica quais são os cuidados necessários com Tunico.

“Não andar com ele no sol muito quente. A patinha dele é igual de cachorro, não pode andar em asfalto, se não queima. Sempre fazer o casqueamento das unhas, que é importante, pois, como ele não vive em chiqueiro, não tem aquele gasto constante, além da alimentação fresquinha.”

Elias Viana, marido de Cleice, não acreditou quando a esposa disse que levaria Tunico para casa, mas, hoje em dia, não vive mais sem o animal. Ele fala sobre a união da família após a chegada do porco.

“Nós somos cinco em casa. Já tivemos vários conflitos, mas, depois que o Tunico chegou, parece que uniu mais a família.”

As vidas deles mudaram completamente desde a chegada de Tunico, e para a melhor.

“Eu estava bem depressiva e brigada com toda a família, e, aí, quando ele chegou, eu tive o foco só nele, a preocupação só com ele. A primeira coisa que eu faço de manhã é ver ele. As pessoas falam que eu salvei ele do abate, mas foi ele quem me salvou”, finaliza Cleice.

Fonte: G1