O palmitalense Willian Chimura foi entrevistado por Danilo Gentili no programa The Noite exibido em 28 de setembro. O programador, que faz mestrando em informática aplicada à educação, é gamer e tem o maior canal do Youtube sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Portador de Síndrome de Asperger, uma das formas mais leves do autismo, ele fez esclarecimentos sobre o transtorno.
A participação no programa, que durou cerca de 40 minutos, foi motivada por polêmicas envolvendo o humorista Léo Lins, integrante do elenco do The Noite, e defensores da comunidade do autismo. Chimura falou sobre o TEA e contou sobre seu ativismo focado em explicar as necessidades de quem tem o transtorno e a luta para vencer o preconceito contra os autistas, que devem ser considerados como pessoas que merecem o respeito por parte da população e a proteção pela lei.
“Nós estamos sendo negligenciados muitas vezes e, em certas situações pode ser difícil, na perspectiva de quem não vivencia o transtorno, de se entender algumas coisas. As pessoas que estão historicamente, em todo contexto, tendo os seus apoios e os seus suportes negligenciados, quando a gente tem a oportunidade, finalmente, de se posicionar em alguma coisa, a gente se posiciona”, disse sobre a polêmica com Léo Lins.
Durante a entrevista, o humorista de desculpou e deixou um recado para toda a comunidade autista: “Eu passei a respeitar ainda mais essa comunidade que eu fui pesquisar de coração e não por pressão”. Chimura, que cresceu e fez toda a educação básica em Palmital, estreou seu canal no YouTube em fevereiro de 2019 e conta atualmente com cerca de 170 mil inscritos.
POLÊMICA LEVOU AO CONVITE PARA ENTREVISTA
Danilo Gentili citou a polêmica envolvendo o humorista Léo Lins, que faz parte do elenco do programa, com a comunidade autista no programa para ressaltar a participação de Chimura no The Noite. “Em me juntei com o diretor do programa e a gente pensou: ‘Por que a gente não transforma essa treta da internet, que começa até bem intencionada, mas descamba para baixaria? Por que a gente não eleva o nível disso? Usa o espaço que a gente tem na TV que atinge muito mais pessoas. A TV não tem ‘bolha social’, é para todo mundo”, continuou.
“Postei um vídeo explicando todos os acontecimentos, está monetizado e vai ser doado para uma causa em prol do autismo. Acho que o saldo final foi muito positivo, porque a gente atraiu atenção para temas realmente relevantes, e não circo midiático”, disse Léo Lins.