Árvores esquecidas

“…árvores são consideradas como empecilhos para empreendimento que têm como objetivo apenas o lucro…”

Inspirado no “Arbor Day” (Dia da Árvore) dos Estados Unidos, criado a partir de ideia do jornalista J. Sterling Morton, que decidiu incentivar o plantio de árvores em Nebraska, em 1872, o Dia da Árvore brasileiro, cada vez mais esquecido, surgiu para conscientizar a população sobre a importância da preservação das árvores e do meio ambiente.

Celebrada no Brasil em 21 de setembro, data que coincide com o início da primavera, período simbólico de renovação ambiental, as campanhas de conscientização e as comemorações são cada vez mais escassas, comprovando o desapreço pelas questões ambientais, cada vez mais urgentes.

De fundamental importância para a vida no Planeta, as árvores desempenham papel de relevância na formação e manutenção das florestas, na redução do calor, como barreira contra ventos e na valorização do paisagismo, essencial para a beleza estética das áreas rurais, das cidades e das construções.

Contudo, sob pretexto comercial, de aproveitamento de espaços para ampliar a exploração, em muitas situações as árvores são consideradas como empecilhos para empreendimento que têm como objetivo apenas o lucro imediato, sem considerar a valorização contínua dos espaços com vegetação.

Essenciais para a garantia do conforto térmico, para proteger contra as intempéries e como eterno sinônimo de beleza, as árvores são cada vez mais necessárias nas cidades que enfrentam o aumento da temperatura, a redução das águas e a consequente perda acelerada da qualidade de vida dos moradores.

Para reverter esse quadro grave que assola as cidades, mas ainda pouco considerado, é preciso planejamento e ações concretas no sentido de fazer da arborização urbana um plano de governo sério, definitivo, obrigatório e suficiente para mudar os parâmetros ambientais junto às comunidades.

O plantio de árvores em todas as vias públicas, nas praças, nas margens de rodovias e de vicinais e, principalmente, nos prédios e espaços ocupados pelas instituições governamentais, judiciais e legislativas, como forma de exemplo de cuidado para com a vida, deve ser seguido da criação de um grupo especializado e permanente de poda, manutenção e cuidados com a saúde das plantas.

Adotando essa política pública simples e barata, é possível iniciar o processo de reversão da situação de abandono e descaso às questões ambientais e, assim, transformar as cidades em espaços sadios e aconchegantes.

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Cláudio Pissolito

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