Supermercados brasileiros têm enfrentado escassez de mão de obra em oito das 10 ocupações mais importantes, que correspondem a 70% da força de trabalho do setor. A informação é de um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), encomendado pelo Estadão.
As oito vagas mais difíceis de preencher, segundo o levantamento, são: operador de caixa, padeiro, açougueiro, embalador, repositor de mercadorias, atendente de loja, vendedor e auxiliar de serviços de alimentação.
Apesar do nível de desemprego baixo, a falta de mão de obra tem adiado a inauguração de novas lojas em alguns casos extremos, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas). As funções que enfrentam a maior escassez de mão de obra são consideradas mais técnicas e exigem qualificação.

Uma pesquisa de janeiro da ManpowerGroup, assessoria de recursos humanos, apontou que 81% das empresas brasileiras têm dificuldade de encontrar mão de obra qualificada ou profissionais com competências indispensáveis.
No ano passado, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE) também apontou que seis a cada 10 empresas têm apresentado dificuldades em contratar e manter trabalhadores, com o número de demissões voluntárias alcançando um recorde histórico.
Jovens que costumavam ter em supermercados seu primeiro emprego atualmente preferem trabalhar informalmente pela flexibilidade da rotina. Por essa razão, as vagas com menor qualificação também não têm sido preenchidas facilmente.
O setor supermercadista tem cerca de 357 mil vagas em aberto, o que representa 3,9% do total de pessoas empregadas atualmente.
Fonte:DCM