Assis está fora do primeiro lote de vacina contra a dengue

No total, 521 municípios brasileiros vão receber doses desse primeiro lote.


O Ministério da Saúde informou na última quinta-feira, 25, as cidades do Brasil que receberão as primeiras doses da vacina contra a dengue, porém neste primeiro momento, Assis não está entre elas.

Foi usado um critério que as cidades com mais de 100 mil habitantes e com alta taxa de transmissão nos últimos 10 anos recebessem parte dessa primeira remessa. Assis atende apenas ao primeiro critério.

No total, 521 municípios brasileiros vão receber doses desse primeiro lote. Ao todo, foram destinadas para o país 750 mil doses, que faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina fornecidas sem custo pela empresa. Até o final de 2024, o Brasil deverá receber 6,5 milhões desse imunizante.

Apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos dessas cidades serão imunizados. Essa faixa etária concentra o maior número de hospitalizações depois dos idosos, mas eles ainda não tiveram liberação da Anvisa para serem vacinados.

Nos estudos clínicos, a imunização demonstrou uma eficácia geral de 80,2% para evitar contaminações, e de 90,4% para prevenir casos graves.

Com o início do período das chuvas e das altas temperaturas, o número de casos de dengue, chikungunya e Zika tende a aumentar. O vírus da dengue é transmitido por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti. Existem quatro sorotipos que causam a dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. 

De julho de 2023 até janeiro deste ano, o Brasil registrou 370,205 casos prováveis de dengue, segundo dados do Ministério da Saúde. Conforme a pasta, foram cerca de 182 casos a cada 100 mil habitantes. O número de casos é 17,6% maior que o registrado em 2022. As regiões com os maiores coeficientes de incidência de casos são Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Entre os estados, Acre, Minas Gerais, Espirito Santo e o Distrito Federal apresentam as maiores incidências. 

Em meio a alta registrada de casos da doença no Brasil nas primeiras semanas de 2024, medidas de combate e prevenção contra a proliferação do mosquito transmissor da doença precisam ser intensificadas. Conforme o médico infectologista, Werciley Júnior, para o combate à dengue são necessários um conjunto de ações em diversas frentes.

“A estratégia de combate à dengue tem que ser em várias posições. Primeiro, prevenção do indivíduo com a vacinação. Segunda parte de prevenção, os cuidados para prevenir sítios e criatórios, ou seja, higiene, limpeza de terrenos baldios, orientação para todas as famílias para cuidados dentro e fora do domicílio. Terceira coisa, o uso de repelente e outro ponto seria diagnóstico precoce e intervenção rápida, ou seja, pessoas com sintomas ser rapidamente avaliadas e gerar intervenção naquelas comunidades que têm casos aumentados”, avalia.

O Ministério da Saúde recomenda que medidas simples implementadas à rotina podem ajudar na eliminação do mosquito. São indicadas as seguintes ações: evitar deixar água parada em recipientes ao ar livre (potes, garrafas ou outros recipientes que possam acumular água) para que não se tornem criadouros de mosquitos; cobrir adequadamente os tanques e reservatórios de água para manter os mosquitos afastado e evitar acumular lixo. 

Sinais e Sintomas 

A dengue pode variar desde uma doença sem manifestação de sintomas até quadros graves com hemorragia e choque. Geralmente, os sinais aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. O infectologista Werciley Júnior destaca os principais sintomas da dengue.

“Paciente com suspeita de dengue normalmente apresenta febre, dor no corpo associado a dor articular, dor acima dos olhos e muita prostração. Então, na suspeita, o ideal é sempre buscar assistência médica para que possa ser feito um exame de sangue para avaliar a taxa de desidratação do paciente e as plaquetas. Caso o exame não esteja alterado e a pessoa consiga se hidratar, o tratamento base para a dengue sempre é a hidratação”, explica.

Fonte: Redação/Brasil 61 – Foto – Comunicação Prefeitura

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