Ator Flávio Migliaccio morre aos 85 anos no Rio de Janeiro

O ator Flávio Migliaccio foi encontrado morto em seu sítio em Rio Bonito, no Rio de Janeiro, na manhã desta segunda (04/05). Ele tinha 85 anos. Nas várias novelas da Rede Globo, ele ficou conhecido por sua atuação, entre outras, em “Rainha da Sucata”, “A Próxima Vítima”, “Vila Madalena”, “Senhora do Destino” e “Passione”. Sua morte foi lamentada por muitos famosos e colegas de profissão em redes sociais.

 

Flávio Migliaccio teve uma carreira de destaque nos palcos, na telona e, sobretudo, na telinha. Ele era um dos filhos de uma família de dezessete irmãos, entre eles a atriz e comediante Dirce Migliaccio, que morreu em 2009 e ficou conhecida como uma das Emílias, de “O Sítio do Pica Pau Amarelo” e como uma das irmãs Cajazeiras de “O Bem Amado”.

 

Segundo informações do site Memória Globo, Flávio iniciou a carreira atuando em peças de teatro na periferia de São Paulo, onde logo descobriu a sua veia cômica. Participou de um grupo de teatro da igreja de Tucuruvi onde ficou três anos, até chegar a ator principal e diretor.

 

Em 1954, depois de fazer o curso de teatro do diretor italiano Ruggero Jacobbi, Flávio começou sua carreira de ator profissional no Teatro de Arena. O seu primeiro papel foi o de um cadáver, na peça “Julgue Você”. Ao lado da irmã, ele participou da peça “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, no Teatro de Arena em 1958; “Chapetuba Futebol Clube” (1959), de Oduvaldo Vianna Filho, e “Revolução na América do Sul” (1960), de Augusto Boal.

 

No cinema também teve grandes atuações como nos filmes “Cinco Vezes Favela” (1962),  “A Hora e a Vez de Augusto Matraga” (1965), “Todas a Mulheres do Mundo” (1966), “Os Machões (1972)”, “Os Trapalhões na Terra dos Monstros (1989)”,  “Boleiros 1” (1998) e “Boleiros 2” (2006),   -além de “Verônica” (2009).

 

Popular entre as crianças, Flávio Migliaccio apostou em um novo personagem: o tio Maneco. O filme foi vendido para mais de 30 países e ganhou um prêmio do cinema infantil na Espanha.

 

Mas foi na televisão que ele se tornou conhecido do grande público. Na Globo desde 1972, quando ficou conhecido pelo papel de Xerife, primeiro na novela “O Primeiro Amor” e depois no seriado “Shazan, Xerife & Cia”,  ao lado de Paulo José.

 

O ator protagonizou tipos memoráveis em cerca de 30 novelas e seriados como o indiano Karan, “Caminho das Índias” (2009), e o turco Chalita, da série “Tapas & Beijos” (2011), atualmente em reprise no GNT assim como o veterinário dr. Josias, em “Êta Mundo Bom!”, que está no “Vale a pena ver de novo”. Outros tipo marcantes foram o Seu Moreiras, de “A Rainha da Sucata” (1990)’ e  o Vitinho, de “A Próxima Vítima” (1994),

 

O ator também tem passagens pela TV Tupi, onde fez uma participação especial em “Vila Sésamo”. Seu último papel na televisão foi o personagem Mamede Al Aud, em “Órfãos da Terra”, da TV Globo, em 2019.  No entanto, sua última aparição profissional foi no cinema, no longa independente “Jovens Polacas”, lançado no ano passado.

Fonte: O Tempo

Compartilhe
Facebook
WhatsApp
X
Email

destaques da edição impressa

colunistas

Cláudio Pissolito

Don`t copy text!

Entrar

Cadastrar

Redefinir senha

Digite o seu nome de usuário ou endereço de e-mail, você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.