Bauru completa 60 dias sem ‘chuvas significativas’, aponta Ipmet

Período de inverno, de junho a agosto, é chamado de ‘estação seca’, por causa da baixa precipitação pluviométrica. Vegetação seca, combinada com a ação do ser humano, contribui para o aumento de incêndios em matas.

Bauru, a maior cidade do centro-oeste paulista, completou 60 dias sem chuvas significativas nesta terça-feira (15), segundo o Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Unesp (Ipmet). O período de inverno, de junho a agosto, é chamado de ‘estação seca’, por causa da baixa precipitação pluviométrica.

O último mês com grandes volumes de chuva na cidade foi junho. O acumulado mensal de chuva à época chegou a 71,1 milímetros, superando em torno de 30% a média climatológica (55 milímetros) para o mês de junho no município.

As chuvas ocorreram em seis dias e as mais volumosas ocorreram entre os dias 14 e 15 de junho, registrando 46,7 milímetros e 20,8 milímetros, respectivamente.

Naquela oportunidade, segundo os meteorologistas, a razão para o alto volume foi a formação de um sistema de baixa pressão associado a uma frente fria, que trouxe uma intensa massa de ar frio polar que declinou as temperaturas em grande parte do Brasil.

Bauru, inclusive, registrou no dia 17 de junho a temperatura mais baixa do ano na cidade. Na data, os termômetros registraram 7,7°C às 6h35 da manhã.

Em julho, por sua vez, a precipitação acumulada foi de 0,5 milímetros, apenas 1,3% da média esperada para o mês na cidade. Em agosto, não houve registro de precipitações. Até o próximo domingo (20), não há previsão de chuva em Bauru.

Tempo seco e queimadas

Queimadas na região de Bauru e Marília — Foto: CPFL Paulista /Divulgação

Queimadas na região de Bauru e Marília — Foto: CPFL Paulista /Divulgação

A vegetação seca, combinada com a ação do ser humano, contribui para o aumento significativo nas ocorrências de incêndios.

De acordo com a Defesa Civil de Bauru, foram registrados 352 incêndios no município no primeiro semestre deste ano, sendo 290 em áreas de vegetação e 62 em residências.

A Defesa Civil pede à população que evite a prática de pequenos incêndios, porque eles podem se alastrar, dificultando o controle e podendo causar incêndios de grandes proporções, ameaçando a vida de pessoas, animais e a estrutura de imóveis.

Além de causar prejuízos ambientais e para a saúde pública, as queimadas são classificadas como crime ambiental passível de multa quando provocadas intencionalmente.

Para coibir as ações criminosas, a Secretaria de Meio Ambiente (Semma) autua proprietários de terrenos e residências com casos de queimadas.

A pasta lembra, ainda, que até a queima de folhas provenientes da varrição de calçadas ou da limpeza de jardins também é considerada crime ambiental e passível de multa de R$ 1,5 mil.

A autuação, em um primeiro caso, é feita com uma advertência e, em situações de reincidência, é aplicada multa que varia de R$ 1,5 mil a R$ 27 mil, com ou sem flagrante e independente da identificação do autor da infração. A punição segue o previsto no Decreto Municipal 13.134/2016.

As denúncias de queimadas podem ser feitas pelo e-mail meioambiente@bauru.sp.gov.br e pelos telefones da Semma, (14) 3234-6849 e (14) 3223-3928. No ato da denúncia, devem ser informados o nome do bairro, da rua, o número da quadra e do terreno ou residência.

Caso o local não possua numeração, é preciso indicar um número de referência, como por exemplo, o número de uma casa ao lado ou em frente.

Fonte: G1

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