Bombeiros atrasados

São incontáveis as vezes que este tema foi abordado neste espaço de opinião devido ao absurdo geográfico da implantação de unidades do Corpo de Bombeiros para atender as cidades da região, com a concentração no entorno de Assis e os municípios mais distantes, alguns deles bem maiores em território, desassistidos deste serviço essencial.

Para mais uma vez exemplificar, atualmente são mantidas uma unidade em Assis, outra em Cândido Mota, a cerca de 5 quilômetros de distância da primeira, e em Paraguaçu Paulista, a pouco mais de 30 quilômetros.

A pequena unidade de Cândido Mota, a 30 quilômetros de Palmital, 50 quilômetros de Ibirarema e 70 quilômetros de Campos Novos Paulista, é que atende as quatro cidades, além de Platina, um pouco mais próxima, indicando a ausência de planejamento estratégico na alocação de equipes de combate a incêndio, resgate veicular, captura de animais, salvamento aquático, em altura e muitas outras atividades especializadas.

Considerando o porte das cidades e o número reduzido de ocorrências, a unidade de Assis poderia atender Paraguaçu e Cândido Mota, enquanto uma unidade intermediária, entre Palmital e Ibirarema, por exemplo, seria ideal para agilizar o atendimento nas demais cidades.

“…ausência de planejamento estratégico na alocação de equipes de combate a incêndio…”

Os exemplos são inúmeros, de acionamento do Corpo de Bombeiros cujas equipes quase sempre chegam muito depois dos serviços de resgate ou de combate a incêndio de prefeituras e empresas, principalmente de usinas, que deslocam seus veículos e equipamentos para prestar os primeiros socorros sem sequer haver treino e especialização para trabalhos de ressuscitação ou de rescaldo.

O incêndio de uma residência em Palmital nesta semana é mais uma prova da necessidade de manter unidade dos Bombeiros mais próxima, já que mais uma vez a equipe de Cândido Mota chegou depois do fogo debelado.

O mesmo erro de cálculo geográfico se verifica quanto à manutenção de efetivo policial, principalmente da PM, que mantém Batalhão, Companhia e Pelotões em Assis, Companhia em Cândido Mota e em Paraguaçu Paulista e um Pelotão em Palmital para compor as equipes de cidades menores como Platina, Ibirarema e Campos Novos Paulista.

Diante desta constatação óbvia, é preciso que as autoridades municipais das cidades prejudicadas atuem no sentido de reverter a situação incômoda, alertando as autoridades estaduais para essa dicotomia absurda entre efetivo de segurança e distância.

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Cláudio Pissolito

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