Caso Mariana: ação social distribui máscaras para asilo e abrigo infantil

Máscaras foram distribuídas em Bariri e também em Santos, onde namorado mora. Jovem universitária foi assassinada em setembro do ano passado.

A ação solidária criada em homenagem à universitária Mariana Bazza, que foi morta em setembro de 2019 após receber ajuda de um desconhecido para trocar o pneu do carro, distribuiu mais de 300 máscaras em Bariri (SP), cidade onde a jovem morava.

Mariana Bazza desapareceu no dia 24 de setembro, em Bariri, depois que Rodrigo Pereira Alves ofereceu ajuda para trocar o pneu do carro dela. Um dia depois, ela foi encontrada morta em uma área de canavial, em Ibitinga. Rodrigo foi preso e denunciado pelo Ministério Público por estupro, latrocínio e ocultação de cadáver.

O projeto “Por onde for floresça” criado pelo namorado de Mariana, Jefferson Vianna, com ajuda de familiares e amigos da jovem, nasceu com a ideia de realizar uma grande festa beneficente para as crianças de Bariri. O evento seria realizado no dia 12 de abril, quando Mariana completaria 20 anos, mas teve que ser adiado por causa da pandemia.

Mas, a ideia de ajudar quem mais precisa foi mantida e ação social ganhou um site onde as pessoas podem se inscrever como voluntárias e fazer doações para que a festa ocorra com o fim da quarentena. Além disso, a página conta vídeos que amigas da jovem gravaram em homenagem a ela.

Foi através dessa iniciativa que Jefferson arrecadou as máscaras para distribuir na cidade. Desde o último sábado, ele, amigos e parentes da Mariana estão distribuindo as máscaras. Crianças e idosos da cidade receberam os itens de proteção tão importantes durante essa pandemia.

“Projeto de fazer a festa em homenagem a minha namorada ainda não deu certo, mas continuo me esforçando para levar amor para família dela e para quem precisa”, destaca Jefferson.

O grupo de voluntários, que envolveu mais de 20 pessoas, embalou as 370 máscaras que foram distribuídas no Lar Vicentino, na Casa Abrigo, na Apae e para moradores de rua de Bariri.

A ação social recebeu esse nome por ser a frase que Mariana tinha tatuada. Jefferson trabalha na Marinha e, por isso, mora em Santos, onde ele também fez a distribuição das máscaras. Ele destaca a importância de ajudar quem precisa como uma forma também de diminuir a dor pela perda da namorada.

“Esse foi o primeiro Dia das Mães da minha sogra sem Mariana, então fiz questão de estar na cidade nessa data e também levar esse projeto para nossa gente. Ela só não nos acompanhou na entrega por questões de segurança e saúde”, finaliza.

Entenda o caso

Suspeito de matar universitária Mariana Bazza, de Bariri, ajudou a jovem a trocar o pneu — Foto: TV TEM/Arquivo Pessoal

Suspeito de matar universitária Mariana Bazza, de Bariri, ajudou a jovem a trocar o pneu — Foto: TV TEM

Mariana desapareceu ao sair da academia onde frequentava, em Bariri, no dia 24 de setembro de 2019, ao receber ajuda de Rodrigo Pereira Alves para trocar o pneu do carro. Ela foi encontrada morta um dia depois em uma área de canavial em Ibitinga.

Rodrigo foi preso em Itápolis e denunciado pelo Ministério Público por estupro, latrocínio e ocultação de cadáver. A denúncia foi aceita pela Justiça no dia 10 de outubro.

De acordo com a denúncia do MP, Rodrigo roubou o carro, a carteira da vítima com documentos pessoais, R$ 110 em dinheiro, o celular dela e uma caixa de som.

Ainda de acordo com a denúncia, Rodrigo saiu da chácara para calibrar o pneu com o corpo de Mariana dentro do carro. O laudo necroscópico do IML de Araraquara apontou que a vítima foi estuprada e morta na chácara onde o acusado trabalhava como pintor.

Ainda de acordo com o MP, Rodrigo é multirreincidente, pois já cumpriu pena de 16 anos por roubo, sequestro, extorsão e latrocínio tentado, e havia saído da cadeia cerca de 30 dias antes do crime. Ele está preso desde o dia 25 de setembro.

Caso Mariana: vídeo mostra linha cronológica dos acontecimentos

Uma câmera de segurança da academia que Mariana frequentava registrou quando Rodrigo se aproximou do carro da vítima e ficou encostado nele durante alguns minutos. Segundo a polícia e o MP, Rodrigo murchou o pneu do carro para, depois, oferecer ajuda.

Nas imagens, também é possível ver Rodrigo conversando com a vítima e quando Mariana entra no carro, dá a volta na avenida e entra na chácara. No imóvel, o suspeito trocou o pneu do carro de Mariana e a jovem chegou a fazer uma foto dele trocando o pneu e mandou para parentes.

FONTE: G1

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Cláudio Pissolito

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