Cotidiano

O número de denúncias contra o médico psiquiatra investigado por importunação sexual aumentou na segunda-feira (20/10) após quatro novas vítimas, sendo duas de Garça (SP) e duas de Marília (SP), registrarem boletins de ocorrência.

Com os novos casos, sobe para 17 o total de denúncias de abuso e importunação envolvendo o profissional.

Segundo Renata Yumi Ono, delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Garça, uma das vítimas, de 65 anos, relatou que os abusos aconteceram em 2018, durante consultas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município.

Ela afirmou que o profissional começou a ter comportamentos inapropriados, como abraços e gestos de intimidade, e que, em uma das consultas, chegou a segurá-la contra o corpo e a encostar a boca em seu pescoço para “inalar o seu perfume”.

O segundo registro é de uma mulher de 43 anos, que contou ter sido beijada à força pelo mesmo profissional durante uma consulta em 2022. A vítima disse ter ficado em estado de choque e interrompeu o acompanhamento médico após o episódio.

As denúncias estão sendo investigadas. A Polícia Civil reforça que qualquer pessoa que tenha sofrido ou presenciado condutas semelhantes deve procurar a Delegacia de Defesa da Mulher.

Outras vítimas

Vítimas relataram situações de importunação sexual envolvendo o médico psiquiatra em Marília — Foto: Reprodução/TV TEM

Uma das vítimas de Garça registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher na sexta-feira (17/10) após a divulgação dos casos. A jovem, atualmente com 24 anos, disse à polícia que passou pelo atendimento no Caps em 2018, quando tinha 17 anos. Outras 13 denúncias foram registradas em Marília, uma delas de estupro.

Segundo a delegada, a jovem não denunciou o caso na época por não entender a gravidade do fato, mas, ao perceber que existiam outras vítimas, resolveu procurar a polícia. O caso foi registrado como importunação sexual.

No relato, a jovem disse que a mãe costumava acompanhá-la nas consultas, mas, em uma ocasião, precisou iniciar o atendimento sem a presença dela. Nesse dia, segundo ela, o médico mudou o comportamento e começou a fazer perguntas íntimas e, ao final da consulta, a acompanhou até a porta e a puxou pelo punho e beijou o canto de sua boca.

“Após o ocorrido, ela contou para sua mãe. Entretanto, decidiu na época não denunciar por não entender a gravidade da situação e ter ficado abalada emocionalmente”, explicou a delegada.

Depois do ocorrido, a jovem ainda retornou duas vezes a consultas por conta da necessidade da medicação, uma delas com um amigo, e relatou que o médico ficou bastante incomodado com a presença dele, e depois apenas para retirada da receita do remédio.

No mesmo dia, na sexta-feira, uma mulher de 41 anos, também registrou um boletim de ocorrência contra o médico em Garça. A vítima prestou depoimento à polícia na Delegacia de Defesa da Mulher da cidade.

Segundo a Polícia Civil, a mulher decidiu registrar o boletim de ocorrência após assistir a reportagens a respeito de outros casos denunciados na cidade vizinha, incluindo uma denúncia de estupro.

Renata Yumi Ono, delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Garça (SP), está investigando o caso — Foto: Arquivo pessoal

Segundo o relato, o abuso aconteceu no fim de 2024, em uma das consultas no Caps de Garça, onde o profissional também atuava.

A vítima contou que, ao retornar ao consultório para solicitar um atestado, o médico fez comentários inapropriados sobre sua aparência, como: “você está bonita, está gostosa”, e, em seguida, a segurou contra a mesa, tentou beijá-la, passou a mão por baixo de sua saia e mexeu em seu cinto. Ela conseguiu se desvencilhar e correu para o carro.

Na consulta seguinte ao abuso, ele chegou a dizer: “eu queria colocar minha boca entre as suas pernas, mas você saiu correndo”.

A partir desse episódio, ainda conforme a Polícia Civil, o estado psicológico da vítima se agravou, resultando em crises intensas, aumento da medicação e até um episódio de surto psicótico no trabalho.

No entanto, apesar do medo e em razão da dependência de receitas médicas para sua medicação, a vítima continuou com os atendimentos, evitando qualquer contato físico com o médico.

A delegada da DDM de Garça disse que o profissional ainda não foi ouvido e será notificado em breve para dar sua versão dos fatos, e afirmou que um trabalho de colaboração será realizado com a DDM de Marília. Além disso, a delegada reforçou a importância de as vítimas procurarem a delegacia especializada.

Em nota à TV TEM, a Prefeitura de Garça disse que pediu o afastamento do médico após a divulgação das denúncias na quinta-feira (16/10), encaminhando um pedido formal até a conclusão das investigações.

Conforme consta no documento, o departamento jurídico da associação da qual o médico é contratado informou que determinou a rescisão do contrato de trabalho do suspeito.

A reportagem entrou em contato com o psiquiatra suspeito pelos atos de importunação sexual e estupro e, segundo a defesa, ele ainda não foi notificado oficialmente sobre as denúncias. A defesa informou ainda que aguarda o andamento das investigações para se manifestar e que o médico nega as acusações.

Fonte: g1

Darlene Costa é delegada responsável pelo caso, que será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Marília — Foto: Arquivo pessoal

Familiares e amigos da ourinhense Angélica Almeida, de 30 anos, seguem mobilizados na busca pela mulher, que desapareceu na tarde de sexta-feira (17). Um vídeo com apelo por informações foi divulgado na noite de domingo (19/10), nas redes sociais, na tentativa de localizar Angélica. Veja o vídeo abaixo.

Ela mora na Rua Ângelo Sedassari, nº 229, no bairro Vila Boa Esperança, e trabalha na empresa Baccon Festas. Segundo os relatos, saiu de casa sem informar o destino e não fez mais nenhum contato. No momento em que foi vista pela última vez, usava calça jeans e blusa vermelha. Um vídeo de câmera de segurança mostra a mulher caminhando pela rua por volta das 23h20 de sexta-feira.

A família registrou boletim de ocorrência e percorreu diversos pontos da cidade. Pessoas próximas contam que verificaram a Santa Casa, postos de saúde e câmeras de segurança da região, mas nenhuma informação concreta foi confirmada.

No vídeo divulgado, a prima de Angélica, Mari Moreira, aparece ao lado do marido da desaparecida, Tiago, e do filho dela, Felipe. Em mensagem emocionada, ela reforça que rumores de avistamentos na Santa Casa e no Centro já foram checados e descartados: “Já esgotamos todas essas possibilidades… ela não deu entrada em nenhum lugar. A gente puxou câmeras da rua da casa dela, e ela não apareceu em nenhuma via próxima. A única pista é uma circular que passa na rua e um possível carro”, diz Mari.

Ela pede que apenas informações seguras sejam repassadas à família, para evitar falsas pistas e desgaste emocional. “A gente andou essa cidade inteira hoje, todas as beiras de lago e lugares onde ela poderia estar desorientada, e não achamos. Estamos fazendo esse apelo porque precisamos da ajuda de vocês.”

 A família também destaca que, até o momento do vídeo, a polícia ainda não havia iniciado as buscas formais, mas deve atuar a partir desta segunda-feira (20/10).

Quem tiver qualquer informação válida sobre o paradeiro de Angélica pode entrar em contato pelos números:

 (14) 99875-9499

 (14) 99163-9514

 (14) 99142-0898

Os familiares pedem a colaboração da população para compartilhar o apelo e ajudar a localizar Angélica o mais rápido possível.

Fonte: Passando a Régua

Um homem foi baleado no pé após atacar um policial militar com uma faca durante uma ocorrência registrada na manhã de domingo (19/10) no Centro de Assis. O policial foi ferido no braço e recebeu atendimento médico, sendo liberado em seguida.

De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe da Polícia Militar realizava patrulhamento quando avistou o suspeito empurrando uma bicicleta e carregando diversos objetos, possivelmente furtados. Durante a abordagem, os policiais constataram que a bicicleta havia sido subtraída horas antes de uma residência na cidade.

Ao ser questionado, o homem tentou fugir e entrou em uma casa abandonada. Durante a perseguição, ele atacou um dos policiais com uma faca, atingindo-o no braço esquerdo. Diante da agressão, o outro integrante da equipe efetuou um disparo de arma de fogo, atingindo o pé do suspeito, que foi contido e algemado.

O Resgate foi acionado e levou o homem à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Assis, onde ele passou por cirurgia e permanece sob cuidados médicos. O policial ferido também foi atendido na unidade e passa bem.

Com o suspeito, os policiais encontraram diversos objetos possivelmente furtados, que foram apreendidos e encaminhados à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Assis. Entre eles estavam:

• R$ 83,00 em espécie, em notas diversas;
• Um aparelho celular Samsung;
• Um jogo com 10 ferramentas diversas;
• Uma bateria automotiva;
• Uma lavadora de pressão;
• Uma bicicleta marca Alfa, aro 26.

A bicicleta foi reconhecida pela vítima e devidamente restituída.

O caso foi registrado na CPJ de Assis como resistência, disparo de arma de fogo e furto qualificado.

Fonte: AssisCity