“…casa própria garante o aumento da autoestima, ajuda a integrar os membros das famílias e aquece as atividades econômicas…”
Entre as muitas políticas públicas deficitárias no Brasil, a reduzida oferta de moradia para a população de baixa renda é, provavelmente, a mais grave ao causar a perda da identidade das famílias, obrigadas a seguidas mudanças de endereço, e o comprometimento da renda para o pagamento de alugueis, considerado uma despesa sem retorno. Em contraponto, a conquista da casa própria garante o aumento da autoestima, ajuda a integrar os membros das famílias e aquece as atividades econômicas da construção civil, de móveis, eletrodomésticos, decoração e utilidades domésticas ao incentivar a melhoria das residências.
Ostentando números elevados de população, que representa a sexta maior do mundo, o Brasil deixa muito a desejar na questão habitacional, relegando quase 10% a favelas e cortiços e cerca de 30% a pagadores de alugueis, a maioria de baixa renda que ocupa casas de reduzido padrão de conforto. Os números mostram cerca de 40% dos brasileiros em condições de moradias precárias ou sem condições adequadas para garantia da saúde dos indivíduos, do bem-estar da família e da dignidade necessária para o exercício pleno da cidadania.
Entre as muitas políticas sob responsabilidade dos governos, as quatro principais são moradia, segurança, saúde e educação, que podem garantir melhor qualidade de vida, superação de adversidades, elevação econômica e social e integração plena ao mercado de trabalho e aos meios de consumo, cumprindo assim as normas constitucionais de promoção humana e social. Entretanto, a ausência de políticas habitacionais mais robustas, eficientes e pautadas nas deficiências econômicas, sociais e regionais, compromete o desempenho do país nos principais indicadores de qualidade de vida de órgãos nacionais e internacionais.
A prova da importância da moradia para a qualidade de vida da população é a construção de casas populares em Palmital, iniciada com bastante atraso em comparação às cidades vizinhas, e que se tornou um divisor de águas para manutenção da população que apresentava queda acentuada desde os anos de 1970, quando fortes geadas afetaram a agricultura e expulsaram moradores para grandes centros urbanos. Afinal, a oferta de moradias aquece o mercado de trabalho com a geração de empregos nas obras, reformas e ampliações, aquece o comércio e fixa as famílias que encontram mais segurança para o trabalho e conforto para viver.
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