Célio Segundo Alves Machado morreu de causas naturais no início da tarde de terça-feira em sua casa no Jardim das Flores, aos 81 anos. Profissional muito respeitado e querido da população, com atuação de quase 50 anos como fotógrafo, ele registrou pelas lentes de suas câmeras boa parte da história de Palmital. Seu trabalho eternizou momentos da vida política e social do município.
Nascido em Palmital, em 1940, Célio teve interesse pela arte da fotografia quando ainda era criança e foi influenciado pelo pai, também fotógrafo. O patriarca da família Benedito Alves Machado veio de Piraju para Palmital e foi o pioneiro no ramo na cidade. Ainda jovem, começou a trabalhar no estúdio montado pelo irmão, o Jason Fotografias, no centro da cidade.
Célio se casou em 1961 com Maria Aparecida de Oliveira Machado, com quem teve os filhos Silvio, Celinho e Cíntia, que lhe renderam três netos e um bisneto. O fotógrafo assumiu o comando do estúdio na década de 1970, quando o irmão partiu para trabalhar em São Paulo. Considerado como profissional de referência em serviços de foto e revelação, ele registrou eventos políticos, religiosos e cívicos, além de casamentos e muitos outros acontecimentos que marcaram a história da cidade.

O fotógrafo também iniciou os filhos na arte da fotografia. Celinho, que também havia se iniciado na fotografia quando criança e seria o sucessor do pai, faleceu em acidente automobilístico no ano de 1994. Silvio, que fez carreira na Polícia Militar, ajudou Célio por vários anos e que trouxe inovações para o estúdio, como as fotos aéreas. A filha Cíntia também trabalhava no atendimento ao público.

Depois de meio século em atividade, Célio fechou o estúdio em 2004, encerrando uma trajetória de mais de 60 anos de historia do Jason Fotografias em Palmital. Na época, a fotografia analógica (filme e papel) já havia perdido grande espaço para o sistema digital. Porém, os registros feitos pelo profissional serão usados para contar a história do município para as futuras gerações.

Célio foi velado na Funerária Santa Terezinha e sepultado no Cemitério Municipal de Palmital na manhã de quarta-feira, dia em que completaria 82 anos. Após os funerais, a neta Thaisy Jacob Machado postou vídeo na internet revelando que, além da fotografia, ele tinha paixão por voar e queria ser piloto. Porém, como teve de cuidar da família, transmitiu o amor pela aviação para o filho Sílvio e teve o sonho realizado com o neto Thiago, que é profissional na aviação privada.
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CONFIRA HOMENAGEM DA NETA THAISY JACOB
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“ANTES DE ASSISTIR O VÍDEO, LEIA ESSA HISTÓRIA.
O Vô Célio tinha o sonho de ser piloto de avião, sonhava em viver da aviação. Na época já com filhos e trabalhando, ficou difícil concluir esse projeto. Sendo assim se dedicou a sua segunda paixão, a FOTOGRAFIA.
O Jason Fotografias, eram pioneiros na região na arte de fotografar. Muitos casamentos, aniversários e eventos foram fotografados por eles.
O seu sonho de ser piloto foi passado o seu filho, o meu pai Silvio. Meu pai fez o curso de piloto mas além de ter sido pai muito novo, aos 19 anos, ele também se dividia entre trabalhar na Polícia Militar e ajudar o vô Célio no Jason Fotografias. Sendo assim, faltava tempo para tanta tarefa.
Seguiu a vida até se aposentar na polícia militar ,porém não só não se afastou do sonho de voar como não deixou de voar.
Ele teve vários ultraleves durante a vida, assim como esse no vídeo em que ele voa junto com o vô.
A cidade toda sabia quando o pai passava de ultraleve. Ganhou o apelido de Zazá na época por causa de uma novela que passava e tinha um piloto com esse nome.
Já perdi as contas de quantas quedas de ultraleve ele teve. Numa delas estava meu irmão pequeno que cresceu vendo a paixão do pai pelos ares.
E como diz o ditado “Filho de peixe,peixinho é”
O sonho acabou? Jamais
O sonho passou para o meu irmão Thiago, que com muita luta e dedicação conseguiu realizar o sonho de 3 gerações, do avô,do meu pai e o dele
Hoje ele é piloto de jato executivo, viaja pra todo canto e o nosso orgulho.
Graças a Deus o vô viveu pra ver esse sonho realizado, voou com meu pai, com meu irmão e concluiu sua missão aqui na terra.
Sentiremos saudades desse ser que só sabia rir e exalar tranquilidade.
Vai em paz vô, ficamos com nossas recordações de alguém que viveu uma vida plena,amou e foi amado.
O senhor sempre gostou do céu,e hoje se encontra nele.
Viva o Vô Célio
Observação: quem está cantando é meu irmão Thiago e é de autoria dele. Ele gravou no celular um dia e me mandou,encaixou certinho com essa homenagem.”