Chacina de família no DF: veja quais são as duas linhas de investigação da polícia

Além das 8 pessoas da mesma família desaparecidas, outras duas são procuradas. Até o começo da noite desta quarta-feira (18), sete corpos haviam sido encontrados.


A chacina da família da cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, no Distrito Federal mobiliza as polícias de Brasília, de Goiás e de Minas Gerais. A Polícia Civil do DF que trabalhava com um total de oito desaparecidos incluiu mais duas pessoas na lista: Cláudia Regina e Ana Beatriz, mãe e filha, que seriam uma “segunda família” de Marcos Antônio Lopes de Oliveira (sogro da cabeleireira), somando um total de 10 pessoas desaparecidas.

Até o começo da noite desta quarta-feira (18), sete corpos supostamente relacionados ao caso haviam sido encontrados. Segundo a polícia de Brasília, há duas linhas de investigação:

“Nós começamos as investigações com duas premissas. Na primeira, que nós já estávamos trabalhando anteriormente, essas 10 pessoas, diante desses executores que foram presos, elas teriam sido executadas uma a uma por conta de dinheiro. O Marcos, o pai da família, teria uma quantia no interior da sua casa. Ele subtraiu, ceifaram a sua vida e culminou com as mortes de todos os familiares por conta desse dinheiro”, diz o delegado Ricardo Viana.

Conforme o responsável pela investigação, Elizamar havia feito um empréstimo para reformar o salão de beleza dela, na Asa Norte, e Renata Juliene Belchior – mãe de Thiago e esposa de Marcos Antônio – tinha R$ 400 mil guardados por causa da venda de uma casa na região de Santa Maria, no DF.

“O cerne desta questão, a motivação, seria o dinheiro que a Renata tinha recebido e eles queriam repartir esse dinheiro entre si. Essa repartição deu errado, o que culminou nas mortes das outras pessoas. Essa é uma versão que ele apresentou. Cabe ressaltar que é uma pessoa presa” , aponta Viana.

Quem são as pessoas desaparecidas

  • A cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos;
  • Os três filhos dela e de Thiago: os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7 anos;
  • O marido de Elizamar, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos;
  • O sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos;
  • A sogra de Elizamar, Renata Juliene Belchior, de 52 anos, esposa de Marcos Antônio;
  • A cunhada de Elizamar, Gabriela Belchior, de 24 anos, irmã de Thiago e filha de Marcos Antônio;
  • Cláudia Regina e a filha dela, Ana Beatriz, que seriam uma “segunda família” de Marcos Antônio.

Corpos encontrados

  • Carro carbonizado em Unaí (MG): 2 corpos femininos; segundo parentes seriam de Renata e Gabriela
  • Carro carbonizado em Cristalina (GO): 4 corpos sem identificação; segundo parentes seriam da cabeleireira e dos três filhos pequenos
  • Cativeiro em Planaltina (DF): 1 corpo masculino com sinais de esquartejamento

Três suspeitos presos

Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos e Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos, estão presos pelo crime. Horácio foi quem contou que as mortes foram encomendadas por Thiago e por Marcos Antônio.

Horácio foi quem disse também que Thiago, Marcos Antônio e a “segunda família dele” – Cláudia e Ana Beatriz – teriam ido embora de Brasília depois da chacina. “Elas teriam saído do DF pra viver uma nova vida”, conta o delegado Ricardo Viana, com base no depoimento do preso .

As polícias do DF, de Minas Gerais e de Goiás continuam as investigações, agora seguindo as duas linhas de apuração, segundo Viana: Marcos Antônio e Thiago terem sido os mandantes, ou vítimas.

“Essas duas linhas de investigação tão muito presentes pra gente agora nesse momento. Qual seja, apurar coautoria dos quatro que não foram encontrados […] e a segunda vertente é verificar se essas quatro pessoas não foram mortas por esse trio preso”, diz o delegado.

As equipes continuam as buscas nas chácaras onde os envolvidos moravam, no Distrito Federal e no Entorno do DF.

Suspeito pelo desaparecimento de família no DF dá detalhes sobre crime à polícia
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Fonte: G1

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