Giovanni Bezerra foi flagrado pela equipe do plantão de enfermagem, que se organizou para descobrir exatamente o que estava acontecendo e produzir provas.
O Fantástico teve acesso a depoimentos de mulheres que passaram por cirurgias com o anestesista Giovanni Bezerra e de parentes delas. O médico é alvo de seis denúncias até agora. Só no domingo (10), quando foi flagrado estuprando uma paciente durante o parto, ele participou de três cesarianas.
Bezerra foi flagrado pela equipe do plantão de enfermagem, que se organizou para descobrir exatamente o que estava acontecendo e produzir provas.
Maria Aparecida de Lima é gerente de enfermagem no Hospital da Mulher, chefe do grupo que gravou o estupro. Ela estava de folga, quando soube do crime pelo telefone.
“Quem entrou em contato, no primeiro momento, foi a coordenadora. E a partir daí, eu entro em contato com o diretor-geral e mandei o vídeo para o diretor-geral. A equipe chora copiosamente”, relata.
O diretor-geral do hospital, Abraão Ricardo Viana, ligou então para o diretor-executivo da Fundação Saúde, João Ricardo da Silva Piloto.
“Olha, tem um vídeo. É muito grave. Então, me passa o vídeo. Eu estava indo pro meu apartamento, estava dentro do túnel. Quando eu saí do túnel, entraram as imagens. A gente tem que agir. Agir agora”, conta.
Começou então uma corrida para avisar a polícia ao mesmo tempo em que Giovanni Bezerra era afastado do parto seguinte e substituído por outro anestesista. Mas sem permitir que ele saísse do hospital.
A prisão do anestesista foi feita no próprio hospital, em flagrante. Na sexta-feira (15), a Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Bezerra réu.
Fonte: g1