Cidades modelo econômico

Diante das limitações geográficas, populacionais e orçamentárias dos municípios, é sempre preciso criatividade, inventividade, modernidade e capacidade gerencial para transformar as cidades em modelos de desenvolvimento econômico e social e garantir atendimento pleno a todas as camadas das populações que nelas vivem.

A exploração e o incentivo à vocação econômica de uma cidade é uma forma de valorizar o potencial disponível para que haja desenvolvimento rápido e efetivo que podem eleva-la à condição de referência regional e até mesmo nacional, como se verifica em muitos casos.

Como exemplos emblemáticos de pequenas cidades que ganharam notoriedade e, consequentemente, mais investimentos e empregos, temos o caso de Ibitinga que, como cidade satélite de Bauru, se tornou referência em bordado ao incentivar a vocação artística e econômica disseminada entres as mulheres.

Outros casos exemplares são as pequenas Estiva e Santa Gertrudes, especializadas na cerâmica, assim como Cordeirópolis que, de produtora de fios de seda, se tornou grande fabricante de telhas e tijolos de barro, assim como Pedreira, com a porcelana, e Holambra, com as flores.

“…a riqueza produzida pelo agronegócio não é distribuída de forma igualitária…”

Abrigando municípios essencialmente agrícolas, o Médio Vale do Paranapanema ainda é considerado a segunda região mais pobre, ou a segunda menos desenvolvida do Estado de São Paulo, confirmando que a riqueza produzida pelo agronegócio não é distribuída de forma igualitária ao não oferecer emprego e renda ao restante da população.

Esta condição incômoda comprova que apenas a produção agrícola abundante não serve como meio de elevação da economia e para ascensão econômica e social das pessoas, pois a atividade é muito mecanizada e a produção não é industrializada para agregar mais valor e gerar muito mais riqueza e empregos.

Diante da observação e da análise de experiências positivas de muitas cidades, constata-se que o incentivo a setores produtivos específicos, desde que tenham afinidade com o perfil da cidade e mão de obra suficiente e capacitada, pode ser uma medida bastante interessante para a consolidação de uma economia de mercado sólida.

Em Palmital, por exemplo, é possível incentivar os setores moveleiro, de confecção e fabricação de doces, entre outros que tenham afinidade com a produção agrícola da região, o que pode facilitar o desenvolvimento de atividades produtivas e gerar emprego e renda para grande parte da população.

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Cláudio Pissolito

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