Com casos de dengue em alta, o governo de São Paulo decretou na quarta-feira (19/02) situação de emergência para a doença em todo o estado. Segundo o secretário da pasta da Saúde, Eleuses Paiva, a medida de emergência para a dengue é implantada sempre que o estado atinge um índice de 300 casos confirmados da doença para cada 100 mil habitantes — em 2024, isso ocorreu no início de março.
🔎 O decreto permite que os gestores públicos destinem recursos para combater a doença com maior celeridade e sem necessidade de licitação.
Ao todo, o estado já registra 124.380 casos confirmados de dengue neste ano — uma média de 279 casos por 100 mil habitantes. Outros 81,7 mil casos são investigados.
A porção noroeste do estado é a mais afetada, especialmente as regiões de Araçatuba, onde até borracharias estão sendo fiscalizadas pelos agentes sanitários, e São José do Rio Preto, a única cidade do país que contando com reforço federal no combate à dengue.
Uma comparação das cinco primeiras semanas de 2025 com o mesmo período do último ano mostra que os casos da doença em São Paulo têm crescido em um ritmo mais acelerado.
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Casos confirmados de dengue no estado de SP, por semana epidemiológica — Foto: Reprodução/TV Globo
Já as mortes relacionadas à doença chegam a 113, enquanto outras 226 seguem sob análise.
Segundo os dados da Secretaria Estadual da Saúde, uma em cada quatro pessoas que desenvolveu a forma grave da doença acabou morrendo.
Vacinação
De acordo com especialistas, além das medidas clássicas de combate à dengue, como evitar água parada para frear a proliferação do mosquito transmissor (Aedes aegypti), a vacinação é a maneira mais eficaz de evitar a forma grave da doença.
A vacina contra dengue está disponível nos postos de saúde para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
Na última sexta-feira (14), o Ministério da Saúde liberou a aplicação da chamada “xepa da vacina”, ou seja, doses enviadas para os municípios que não foram aplicadas e estão próximas ao vencimento, no público de 4 a 59 anos.
Contudo, cabe aos próprios municípios decidir pela adesão à medida. São Paulo, Guarulhos e Santo André, por exemplo, informaram à TV Globo que manterão a vacinação somente para o público entre 10 e 14 anos, isso porque, segundo as secretarias de saúde locais, não possuem doses próximas ao vencimento.
Fonte: g1