Comerciante tem loja furtada pela segunda vez em 8 dias e sofre tentativa de golpe

Pelo menos oito estabelecimentos foram atacados em Palmital neste mês, indicando que os empresários trabalham com insegurança e preocupação

A incidência de furtos e roubos continua causando prejuízos a comerciantes e prestadores de serviços de Palmital que, além de enfrentar a crise da perda de faturamento causada pela pandemia do Coronavírus, são vítimas recorrentes de ladrões.

Informações extraoficiais indicam que pelo menos oito estabelecimentos comerciais de Palmital sofreram prejuízos com furtos e roubos apenas no mês de maio, indicando no mínimo dois ataques por semana.

Outra dificuldade verificada na cidade é o reduzido número de policiais civis e militares, insuficientes sequer para atender de imediato as ocorrências.

Mesmo considerando que a Polícia pouco pode fazer quando é acionada para o local de um furto acontecido horas antes, fica faltando a “satisfação” que obrigatoriamente se deve oferecer à vítima.

Policiamento é escasso em Palmital

Afinal, todos são cidadãos que trabalham com dificuldades, pagam impostos, muitas vezes em estabelecimentos alugados e não recebem a devida atenção dos poderes públicos responsáveis pela segurança.

Exemplo de falta de segurança está no contingente da Polícia Militar, que quase sempre trabalha com apenas um veículo com dois policiais para atender a demanda que continua crescendo.

Quando em atendimento a uma ocorrência, que em muitos casos dura horas, o restante da cidade fica desguarnecido e sem atendimento.

A Polícia Civil, por sua vez, trabalha com o mínimo de agentes e escrivães e atende em horário comercial, com a nova e enorme Delegacia de Polícia, de mais de mil metros quadrados, fechada à noite, aos feriados e finais de semana.

Essa medida adotada em cidades menores obriga a população a usar a internet para registrar um Boletim de Ocorrência, que as vezes só será visualizado em até três ou quatro dias depois.

DOIS FURTOS E TENTATIVA DE GOLPE

Caso típico da dificuldade para trabalhar de forma honesta durante esse período de pandemia é o do comerciante Ângelo Marcelo de Jesus, que mantém junto com sua esposa Viviane uma loja de perfumes e cosméticos na Rua Vereador Clóvis de Camargo Bueno.

Representando empresas do ramo, o estabelecimento faz vendas presenciais e também atende por telefone e internet, ocupando o casal que, com muito esforço e dedicação, um vendendo e outro entregando em domicílio, sustenta a família de um filho pequeno.

Entretanto, o esforço do jovem casal está sendo punido pela insegurança e por dois furtos seguidos no estabelecimento, um ocorrido no dia 21/05 e outro na madrugada deste sábado, 29/05.

Os dois furtos foram semelhantes, possivelmente praticado pelo mesmo ladrão, com a quebra do vidro da porta de entrada, que dá para a rua, e a retirada de produtos com uma vara.

Produtos foram furtados, alguns quebrados e outros espalhados no chão

Ainda que sejam furtos simples, sem a entrada no estabelecimento, os prejuízos e a sensação de insegurança e desolação são enormes, pois assusta muito as vítimas e causa desânimo para continuar o trabalho.

No primeiro furto foi quebrado apenas um vidro e retirado alguns itens, mas no segundo, ocorrido nesta madrugada, o ladrão tentou puxar a prateleira para ter acesso a mais produtos, incluindo alguns de valor elevado.

Além de levar vários produtos da loja, outros se quebraram e muitos ficaram espalhados pelo chão junto a cacos de vidros, o que causa indignação e até raiva nas vítimas, sentimento que muitas vezes não são considerados pelas autoridades.

Polícia Científica fez perícia no estabelecimento

TENTATIVA DE GOLPE

Indicando que existe uma organização atuando e levantando informações a respeito das vítimas, e comprovando que o crime está atuando com o uso da “inteligência”, o comerciante foi contatado por telefonemas na manhã de hoje, pelos quais foi exigido dinheiro para a devolução das mercadorias.

A tentativa de golpe ou de extorsão que sofreu logo após o furto de sua loja não foi considerado pela vítima, que não aceitou as condições propostas e que lhe causaram ainda mais indignação.

Divulgando o ocorrido nas redes sociais, como forma de alertar os demais comerciantes, Marcelo também divulgou o número usado pelos golpistas para ligar para seu celular. Duas ligações foram feitas a partir do número 49 – 9128-3128

GRUPO DE COMERCIANTES

Como meio de organização e trocas de ideias e experiências, os comerciantes de Palmital mantêm um grupo no aplicativo WhatsApp, pelo qual também são relatadas as intercorrências do cotidiano.

Diante dos prejuízos causados na loja, foi feita uma cotização entre membros do grupo para amenizar os prejuízos sofridos pelo casal de comerciantes Marcelo e Viviane.  

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