Congresso do Trigo: Brasil é maior mercado global de padarias independentes

A força e a representatividade do mercado de panificação no Brasil foram os destaques do terceiro workshop do 32º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, realizado nesta terça-feira (21), no Rio de Janeiro. Sob o tema “O Mercado da Panificação no Brasil – Nova Pesquisa 2025”, o painel foi conduzido pelo diretor da Seven, Alexandre Neves, que apresentou dados inéditos da pesquisa patrocinada por grandes players do setor, como Bunge, Bat Brasil, AB Mauri, Seara e Ireks.

Segundo o profissional, o Brasil é atualmente o maior mercado global de padarias independentes em número de estabelecimentos, com 70.235 unidades ativas e um faturamento anual de USD 5,12 bilhões. Em 2024, esse segmento respondeu por aproximadamente 2,4 bilhões de compras, o que representa 10% do total do food service no país. De 2021 a 2024, o setor apresentou um crescimento acelerado, com taxa anual composta (CAGR) de 10,2%, e a previsão para os próximos três anos é de um crescimento mais estável, com CAGR estimado em 4,3%.

Neves também explicou que, mesmo diante de um cenário econômico desafiador, a panificação continua sendo um mercado resiliente e em expansão. “Estamos falando de um setor que representa 6,4% do PIB de bares e restaurantes e que emprega milhões de pessoas de forma direta e indireta. A panificação brasileira é madura, está distribuída por todo o país e tem uma base sólida para seguir crescendo”, afirmou, destacando ainda que o Sudeste lidera em relevância, seguido pelo Nordeste e Sul.

Outro ponto abordado durante o workshop foi o comportamento do consumidor e a preferência regional pelos produtos panificados. Segundo a pesquisa apresentada, salgados e pães continuam sendo os itens mais procurados nas padarias de todas as regiões.

“Apesar das diferenças regionais, o consumo de pão francês, café, sanduíches e bolos demonstra que as padarias seguem como um ponto essencial do cotidiano do brasileiro. Esse hábito cultural reforça a importância estratégica do setor dentro do food service”, ressaltou Neves.

Ao encerrar sua apresentação, o diretor também trouxe à tona os principais desafios enfrentados pelo setor, como a carência de mão de obra qualificada, a pressão dos custos com insumos, a concorrência acirrada e o processo de formalização dos negócios. “Queremos unir o setor e os panificadores, e isso começa pelo conhecimento. Com dados sólidos, conseguimos atuar com mais estratégia, buscar eficiência operacional e promover o desenvolvimento sustentável da panificação no Brasil. Pensando de dentro da indústria, o que podemos fazer, de forma prática, para aproximar cada vez mais pessoas, principalmente a geração mais nova, ao nosso setor?”, questionou e concluiu.

Fonte: Abitrigo – colaborou Jornalista Mauricio Picazo Galhardo

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