Coopermota e Embrapa investigam planta daninha resistente a herbicida na região de Palmital

A produtividade da soja e de milho é amaçada por diversos elementos, incluindo plantas daninhas que crescem em meio às lavouras e estabelecem uma competição natural com as culturas comerciais. Atualmente, técnicos estão investigando na região de Palmital uma suposta variedade de caruru (Amaranthus hybridus) resistente ao glifosato, dificultando o combate com herbicida.

Na semana passada, técnicos da Coopermota e pesquisadores da Embrapa de Londrina visitaram lavouras de três propriedades rurais de Cândido Mota para coletar amostras de caruru. O objetivo é avaliar a tolerância da espécie ao glifosato, pois há ocorrências nesta safra que mostraram a ineficiência do herbicida na erradicação da planta daninha. Casos de resistência também foram relatados em Palmital.

Conforme a Embrapa, o caruru resistente veio da Argentina e já foi confirmado em algumas localidades do Brasil. Os primeiros casos foram verificados no Rio Grande do Sul e na região fria do Paraná. A situação na região do Vale Paranapanema, que inclui Palmital e Cândido Mota, seria a primeira ocorrência no Estado de São Paulo.

O pesquisador Fernando Adegas disse que a Embrapa está avaliando plantas coletadas na região, cujas sementes são cultivadas no laboratório de Londrina. “Para diagnosticarmos definitivamente uma planta como resistente ao glifosato, é necessário que ela transmita esta característica para as próximas gerações e é isto que vamos avaliar agora”, explicou. A estimativa é de que os resultados sejam conhecidos em três meses.

A Coopermota recomenda que o agricultor monitore as lavouras, avaliando a persistência do caruru depois das aplicações do glifosato. Em caso positivo, as plantas devem ser arrancadas antes de produzir sementes. O consultor técnico da cooperativa José Carlos Pereira Godinho, o Japão, destacou que as áreas suspeitas possuem apenas exemplares isolados. Contudo, explicou que a situação é alarmante pela facilidade de proliferação da espécie.

Fernando Adegas disse que cada caruru produz em torno de um milhão de sementes e tem o crescimento muito rápido, chegando a aumentar de três a quatro centímetros por dia. Produtores que encontrarem plantas suspeitas devem acionar técnicos da Coopermota para a coleta de amostras para a Embrapa. O pesquisador alertou ainda que, durante a colheita da soja, os agricultores devem ficar atentos à limpeza das colheitadeiras para evitar a disseminação da espécie.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Coopermota

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