Coronavírus: pesquisadores adaptam máscaras de mergulho para pacientes hospitalizados

Equipamento é desenvolvido no Centro de Tecnologia da Informação e parte das unidades produzidas já está sendo utilizada em Manaus.

Pesquisadores de Campinas (SP) começaram a adaptar gratuitamente máscaras de mergulho para serem usadas em pacientes com o novo coronavírus. O equipamento é desenvolvido no Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer e parte das unidades produzidas no local já está sendo utilizada em hospitais de Manaus e da região Sudeste. A capacidade de produção é de 300 máscaras por semana.

A ideia da adaptação teve origem na Itália e foi colocada em prática no Brasil pela ONG Expedicionários da Saúde, que também atua na implantação de um hospital de campanha em Campinas. A entidade conseguiu, junto a uma rede de produtos esportivos, a doação de 2,2 mil máscaras de mergulho.

Do total das máscaras, 200 estão sendo usados em Manaus e outras 50 passam por fases de testes no sudeste. No Centro de Tecnologia da Informação, os pesquisadores fizeram testes por meio de impressoras 3D para chegar na melhor versão da adaptação. Os equipamentos serão usados para pacientes com Covid-19 que estão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e precisam de respiradores.

O adaptador tem duas saídas conectadas à máscara. Por uma delas, chega a ventilação artificial para o paciente. Já no outro canal sai o ar que o paciente libera, com alto risco de contaminação. A vedação da máscara de mergulho favorece uma comunicação melhor e um ambiente mais seguro para o profissional da saúde.

Segundo especialistas, a sensação é menos claustrofóbica do que os equipamentos tradicionais e favorece a comunicação dos médicos com os pacientes.

“Essa adaptação diminui o risco de contaminação e aumenta o conforto do paciente”, explicou o médico que auxilia nos testes das máscaras, Guilherme Mais.

“A respiração do paciente, que está contaminada, passa por um filtro e, em seguida, tem uma válvula. Então, o intensivista ajusta a válvula para que a pressão de respiração seja controlada para cada paciente. A entrada vem de um sistema de ventilação que força o ar dentro da máscara para que a pressão fique positiva e force a entrada de ar na máscara desse paciente”, disse o diretor do CTI, Jorge Vicente Lopes da Silva.

FONTE: G1

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