“…Coronavírus se tornou um grande desafio para a ciência e também para países desenvolvidos…”
O aparecimento do Novo Coronavírus com transmissão entre humanos, que causa a Covid-19, doença respiratória desconhecida e que atinge as pessoas das mais variadas formas, assim como deixa sequelas ainda não identificadas, transformou 2020 em um dos piores anos na questão sanitária da história.
Com a enorme população mundial de mais de 8 bilhões de seres, a facilidade de locomoção e o intenso intercâmbio internacional pela chamada globalização social e econômica, os contatos são muito mais frequentes e os riscos muito maiores que os da pandemia da Gripe Espanhola, de há um século.
Outro aspecto que contribui para o agravamento da crise sanitária e de saúde pública são as facilidades de comunicação, principalmente pelas redes sociais, pelas quais os leigos, os mal intencionados e desinformados ganham voz e emitem opiniões com muita veemência.
A essa realidade concreta se acrescentam opiniões divergentes entre a suspensão e a manutenção das atividades produtivas e a disputa pela paternidade e distribuição das vacinas, que podem não representar a solução definitiva para a transmissão do vírus que já apresenta variantes desconhecidas. Portanto, a crise é bem mais grave do que parece.
Os políticos, do executivo e do legislativo, dividem suas opiniões sobre a melhor forma de combater a transmissão, pois enquanto alguns defendem o isolamento e o distanciamento social com o uso de máscaras, outros consideram essas medidas desnecessárias e sequer acreditam que o vírus tenha muito potencial ao espalhar boatos absurdos de exagero nos diagnósticos e de falsos sepultamentos.
Diante de posições desencontradas, a população também se divide entre os negacionistas e os cuidadosos com a saúde pessoal e coletiva, que muitas vezes são ridicularizados ou acusados de terrorismo e até de “maricas”.
O fato concreto é que desde que surgiu, o Novo Coronavírus se tornou um grande desafio para a ciência e também para países desenvolvidos como Estados Unidos, Inglaterra e Itália, que hoje contabilizam o maior número de mortos na proporção de suas populações, enquanto os países pobres não tem expectativa sequer de vacinar seus habitantes em médio prazo.
Considerando todos esses fatores bastante preocupantes, a única lição que fica, mas que poucos seguem, é a dos países orientais que respeitam o distanciamento social, usam máscaras e até fecham cidades para vencer a funesta pandemia.