Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, que reponde no STF por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, tentou dar lição de administração pública. Ele disse considerar absurdo que um país que perde 30% de sua receita devido à pandemia, não faz reduções equivalentes nas despesas públicas, aquelas direcionadas aos agentes políticos de cargos mais elevados. Entretanto, como muito bem se sabe, o próprio Maia poderia propor redução em subsídios, vantagens e outros penduricalhos, mas não o faz.
Em entrevista ao recém falecido jornalista José Paulo de Andrade, na Rádio Bandeirantes, o ministro do STF, Celso de Melo, foi enfático ao afirmar que o Supremo nada poderia oferecer à nação nesse tempo de crise, por não ser um órgão administrativo. Diante da insistência do entrevistador, ele concluiu com a lamentável afirmativa de que qualquer ajuda deveria ser feita por deliberação individual, sugerindo doações pessoais espontâneas, em vez de medidas de contenção de gastos. E, assim está sendo feito o enfrentamento da crise no Brasil com desemprego, aumento da pobreza e falência de empresas que pagam os impostos.
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