Desejos iguais, palavras banais
Mundo impede, conceitos corrompem
Atos castrados, seriam fatais
Pensamentos propõem…
Desejo é força, palavra o símbolo
Consome no tempo, não leva consigo
União é medo, aventura o ídolo
Amor é perigo…
Mundo é palco, conceitos platéia
Envolve o ator, constrói o drama
Assumo a fraqueza, ataco a idéia
Resta a chama…
Atos são frutos, fatal a consolidação
Vontades inertes, ação conduzida
Silêncios desmedidos, desprove a razão
Realidade não vivida…
Pensamento culpa, propõe em vão
O traço do caminho, a vida não leu
Deixou no espaço, dissemos não
O culpado morreu…
(1979)
Publicado originalmente no jornal Folha de Palmital – Fev-1980
Integra a coletânea do livro DESCAMINHOS, editado em Palmital em 1980 por ocasião do 1º Concurso Literário de Palmital.