“…violência contra a mulher se multiplica em agressões física, psicológica, sexual, patrimonial e moral…”
É com tristeza que se contata que, enquanto a ciência e a tecnologia se desenvolvem de forma acelerada e facilita a vida dos seres vivos sobre o Planeta, a consciência humana parece permanecer absolutamente estagnada no tempo e no espaço, sem sinais aparentes de evolução.
O comportamento agressivo, individualista, possessivo, egoísta, perverso, manipulador, impulsivo, irresponsável, de ausência de culpa ou remorso, de desrespeito pelos direitos alheios e às leis e às normas de conduta pessoal e social prevalecem como regra mantida ao longo da história humana.
Independente da cultura mais evoluída de poucas sociedades organizadas, algumas sob efeito de punições exemplares aos desrespeitosos, ainda são mantidas as práticas mais rudimentares no relacionamento entre pessoas e povos com agressões, homicídios, torturas, roubos e as muitas guerras que dizimam grandes contingentes populacionais e destroem o resultado de anos ou séculos de esforços individuais e coletivos pela evolução.
A antiga e macabra prática de usar criminosos condenados ou prisioneiros para lutar contra leões nas arenas romanas não difere muito das invasões policiais ou dos conflitos entre criminosos nas favelas onde pais, mães e filhos são executados na frente de também pais, mães e filhos.
Diante da postura agressiva e desrespeitosa dos humanos para com a própria espécie, a condição de gênero é mantida com o domínio perverso de homens sobre as mulheres vítimas da violência permanente praticada por desconhecidos ou pelos próprios maridos, namorados, filhos ou amigos, quase sempre com requintes de crueldade para imposição de suas vontades e desejos.
A violência contra a mulher se multiplica em agressões física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, mantendo a sociedade em absoluto atraso evolucional.
Diante da dicotomia absurda e explícita entre a evolução científica e a evolução da consciência humana, a primeira com desenvolvimento permanente e rápido, e a segunda mantida imóvel desde os primórdios das civilizações, contata-se a distância que cresce entre a evolução tecnológica e a maturidade socioemocional e ética da coletividade humana.
Como elo frágil dos arranjos sociais mantidos para manutenção da civilidade mínima que garante a evolução da ciência e da tecnologia, estão as mulheres à mercê dos sentidos e sentimentos masculinos primitivos e sob a proteção única de Deus.
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