Estimativas globais indicam que 382 milhões de pessoas vivem com diabetes mellitus, e esse número poderá chegar a 592 milhões em 2035. Essa doença crônica, quando não controlada pela alimentação e por hábitos de vida equilibrados, pode comprometer o equilíbrio do organismo e desencadear diferentes complicações que alteram a qualidade de vida de quem a possui.
Além de complicações específicas, o diabetes é uma das comorbidades mais importantes ligadas à gravidade de infecções como a do coronavírus, incluindo síndrome respiratória aguda grave. Dependendo da região global, 20 a 50% dos pacientes na pandemia de doença de coronavírus 2019 (Covid-19) apresentavam diagnóstico de diabetes. Com isso, ressalta-se a importância do cuidado redobrado associado ao vínculo entre Covid-19 e diabetes.
Um recente estudo, publicado na Revista Lancet em abril de 2020, com a participação do professor Dr. Bruno Geloneze, forneceu informações sobre possíveis associações clínica entre a nova infecção por coronavírus e diabetes, levantando recomendações práticas de gerenciamento e elaborando as necessidades diferenciais de vários grupos de pacientes.
Os resultados de análises do estudo coincidem com as orientações da Sociedade Brasileira de Diabetes que mostram que pessoas diabéticas necessitam de mais energia para combater a doença, onde o corpo reage liberando hormônios que dificultam a ação da insulina, potencializando o aumento da glicemia (açúcar no sangue) e o risco de complicações agudas que chamamos como cetoacidose diabética.
Vale lembrar que pessoas com diabetes não têm maior probabilidade de contrair Covid-19 do que a população sadia. Esses pacientes apresentam taxas mais altas de complicações graves por conta do desequilíbrio metabólico imposto pela doença.
Para os diabéticos, a recomendação: mantenha um estilo de vida saudável, principalmente controlando de forma redobrada a glicemia com a alimentação e a prática regular de exercícios, para se cuidar e prevenir dos riscos da doença.
Fonte: G1
