O contador Dirceu Maciel morreu na madrugada de quarta-feira (10/04), aos 86 anos, em Assis, onde fazia tratamento depois de sofrer uma parada cardiáca.
Profissional que muito contribuiu para o desenvolvimento de Palmital, foi um homem empreendedor que conquistou reputação e respeito junto à comunidade pelas atividades que desempenhou ao longo da vida.
Dirceu é neto do pioneiro José Maciel de Oliveira, que veio de São Manuel em 1908 casado com Maria Luciana do Carmo (Mana) para desbravar as terras devolutas da Fazenda Palmital.
A família chegou comprar uma fazenda na Água da Linguiça, em Ibirarema, e montou uma indústria de produção de aguardente no período pós-Segunda Guerra, denominada Irmãos Maciel.
Seu pai, José Maciel Filho, fruto da segunda união do patriarca, se casou com Aparecida Arantes e formou uma família numerosa com oito filhos: Dirceu, Djalma, Diógnes, Dimas, Dirlei, Dinez, Divanil e Dinorá.
Aos 11 anos, Dirceu teve de assumir as responsabilidades de cuidar dos irmãos depois que o pai abandonou a casa.
Com muito trabalho e dedicação, ajudou na educação dos irmãos até que todos estivessem formados, os homens como contadores e as mulheres professoras, e ainda socorreu o pai, que ficou em situação difícil em Bauru.
Com muito tino comercial desde jovem, Dirceu adquiriu do também comerciante Milton Gomes, a tradicional Casa Verde, um importante armazém de secos e molhados que funcionava no centro da cidade.
Dirceu foi também sócio-fundador da Organização Mercúrio de Contabilidade (Ormeco), juntamente com Américo Bergamaschi, escritório contábil mais antigo de Palmital, onde atuou por mais de 60 anos.
Entre as muitas atividades que exerceu, Dirceu teve destacada atuação como contador e empreendedor, sócio-fundador da indústria de produtos de mandioca Bermave (hoje Rudolf Szing) e um idealizadores e sócio da construção do Edifício Di Bérgamo, no centro da cidade, onde residiu até o fim da vida.
Dirceu Maciel foi casado por mais de 60 anos com Maria José Leone Maciel, com quem teve os filhos Tony e Rose, que lhe deram os netos Mariana e Leonardo.
Ele foi velado na Funerária Santa Terezinha, onde recebeu as homenagens da familiares e amigos, e sepultado no Cemitério Municipal.
