Doria oficializa saída do governo de SP e diz que mantém pré-candidatura à Presidência

João Doria (PSDB) em evento nesta quinta-feira (31). — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou durante pronunciamento nesta quinta-feira (31/03), no Palácio dos Bandeirantes, que vai manter a sua pré-candidatura à Presidência da República pelo partido. Ele deixou o governo, e o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), vai assumir no seu lugar e se candidatar ao cargo no estado. O evento foi realizado no momento em que havia uma discussão sobre uma possível desistência de Doria à disputa.

“Sim, serei candidato à Presidência da República pelo PSDB. Nosso partido. O Partido da Social Democracia Brasileira. E junto, ao lado de outros partidos valorosos, de políticos e de pessoas que têm respeito pela democracia, pela vida e pelos cidadãos, nós vamos vencer, vamos vencer o populismo, a maldade, a adversidade, a corrução. E juntos, todos nós, vamos ter um novo Brasil. Viva a nossa pátria”.

“Eu quero estar ao lado de vocês, a partir do próximo dia 2 [de abril], para mostrar que é possível, sim, ter uma nova alternativa para o Brasil”, completou. Em seu discurso, Doria reafirmou sua saída do cargo e a candidatura de Garcia, que deixou seu antigo partido, o DEM, para concorrer ao governo do estado pelo PSDB.

“Daqui pra frente, nosso trabalho continua pelas mãos de Rodrigo Garcia, que, a partir do próximo dia 2, será governador do estado de São Paulo e será reeleito governador do estado de São Paulo”.

RECUO NA DESISTÊNCIA

Ao longo do dia, o plano de uma possível desistência da pré-candidatura ao Palácio do Planalto era aventado como uma espécie de contra-ataque de Doria ao que ele via como uma traição do PSDB – uma ala do partido defende que o candidato tucano à Presidência seja Eduardo Leite, que deixou o governo do Rio Grande do Sul.

Garcia foi pego de surpresa e se irritou com a possibilidade de Doria permanecer no governo. Em protesto, pediu demissão do cargo de secretário de Governo. No início do seu discurso no Bandeirantes, Doria se dirigiu a Garcia e reforçou a lealdade do vice-governador.

“Como é bom olhar para os olhos das pessoas, Rodrigo, e perceber esse sentimento de gratidão. E gratidão é aquilo que eu sinto por você, amigo, colega, parceiro, leal e dedicado”, disse. Doria e Garcia deram as mãos e todos cantaram o coro de “Brasil para frente, Doria presidente”.

“Hoje, nós estamos chegando ao final de um ciclo, mas ninguém está aqui para te dizer adeus, nós estamos aqui para te dizer um até breve. Um até breve porque nós sabemos da importância para o Brasil daquilo que você fez em São Paulo e fará no restante do Brasil”, disse Garcia.

Também estavam presentes ao evento o presidente do PSDB, Bruno Araújo, o presidente da Assembleia Legislativa, Carlão Pignatari (PSDB), o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e Pignatari, reafirmaram “a importância de dar continuidade ao projeto” do governador. Em meio a bastidores de um tucanato em ruínas, Doria frisou a participação no evento de 619 prefeitos das 645 cidades do estado.

PRÉVIAS

Doria venceu as prévias do PSDB para concorrer à Presidência da República no fim de novembro de 2021. Na época, ele obteve mais que a maioria dos votos (50% mais um) e superou Leite e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

A disputa foi marcada por divergências entre os pré-candidatos, que dividiram posições dentro da legenda. Ao longo da pré-campanha, Doria e Leite trocaram farpas, e a demora para a conclusão da votação acabou agravando a crise entre os governadores.

Apesar de ter perdido as prévias, Leite vem mantendo a disposição em concorrer à Presidência da República. Ele chegou a negociar uma ida para o PSD, de Gilberto Kassab, mas, após uma carta de tucanos tradicionais, decidiu permanecer no PSDB .

A última pesquisa Datafolha, feita em 22 e 23 de março, simulou dois cenários da disputa presidencial com a presença de Doria no 1º turno. Em ambos, ele tinha 2% das intenções de voto na pesquisa estimulada (em que os nomes são apresentados aos entrevistados) – percentuais ainda menores do que ele havia registrado em pesquisa feita em dezembro.

No final da semana passada, Eduardo Leite deixou o cargo de governador do Rio Grande do Sul e, no início desta semana, disse que respeita as prévias do PSDB, mas que elas não podem servir como corrente para o partido.

No último domingo (27/03), Doria chegou a afirmar, em coletiva de imprensa, que a articulação de parte minoritária de integrantes do PSDB que querem tirá-lo da disputa presidencial na eleição de 2022 é um “golpe” e uma “tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar” o partido.

“Diante de prévias realizadas com o amparo da Justiça Eleitoral, com investimentos também registrado na Justiça Eleitoral – foram R$ 10 milhões investidos para que o partido fizesse suas prévias – as prévias valem. Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe. Uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB”, disse na ocasião.

Fonte: G1

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