Editorial JC – Vamos acordar

“…o PIB de cada país é determinante do seu poder de destruição do meio ambiente…”

Os últimos acontecimentos relacionados ao clima mundial, assim como ao nosso microclima doméstico, contribuem de forma decisiva para inibir a grande maioria dos argumentos negacionistas que preferem acreditar no acaso para manter a exploração dos recursos naturais e, assim, não mudar os hábitos e muito menos reduzir ganhos, ou quem sabe até ganhar mais mudando de atitude. O fato é que os humanos tem como natureza a manutenção de práticas e a repetição de medidas que garantam vantagens, riquezas e estabilidade, que representa a raiz do pensamento conservador, que na verdade é medroso e mantenedor de privilégios.

Ao não aceitar as verdades indigestas que povoam o noticiário mundial, tanto de países capitalistas como socialistas, nas democracias ou nas ditaduras, o indivíduo que deseja repetir as mesmas fórmulas catastróficas e destrutivas de exploração do planeta, querem de fato prolongar suas vantagens ao não acreditar na própria capacidade de se reinventar nas atividades que pratica. Diante do paradoxo da riqueza e do desenvolvimento social e econômico diretamente ligados à exploração dos recursos naturais, uma vez que o PIB de cada país é determinante do seu poder de destruição do meio ambiente, é preciso rever conceitos e mudar paradigmas. 

Relatório divulgado para a COP28, pela agência de ajuda internacional World Vision, revela as opiniões de quem vive em regiões afetadas e que têm relação com as mudanças climáticas, os conflitos, a fome e o deslocamento forçado. Em nove países de baixa e média renda, 86% das pessoas afirmam que as mudanças climáticas representam um problema sério para suas comunidades, enquanto que para 60%, as mudanças climáticas contribuem para o aumento dos conflitos em suas comunidades, especialmente devido à escassez de água, à corrupção e ao deslocamento forçado, indicando que a opinião pública, muito antes de suas lideranças, reconhece o erro em andamento.

Na opinião de 57% dos entrevistados, as mudanças climáticas aumentam o risco de fome ou da insegurança alimentar e, pasmemos, a quase unanimidade, 99%, concorda que as mudanças climáticas levam ao deslocamento de pessoas para suas comunidades ou para fora delas. Portanto, e considerando que a voz do povo é a voz de Deus, é passado da hora de se fazer a conscientização coletiva, para que possamos acordar a tempo de salvar o planeta, se não para nós, ao menos para as gerações futuras.

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Cláudio Pissolito

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