O segmento filantrópico está representado no governo paulista com a nomeação do palmitalense Edson Rogatti, presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (Fehosp), para a equipe da Secretaria Estadual de Saúde. Ele foi nomeado, conforme publicado na edição de 6 de janeiro do Diário Oficial, como Assessor Técnico de Gabinete do secretário Eleuses Paiva.
Na segunda-feira (09/01), Rogatti participou da posse de Eleuses Paiva em evento realizado no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista. Representantes do setor filantrópico de diversas partes do Estado também prestigiaram a cerimônia. Ao lado do governador Tarcísio de Freitas, o novo secretário elencou as propostas para dirigir as políticas públicas de saúde do Estado de São Paulo e destacou a necessidade de rever a forma de financiamento do setor.
Na transmissão de cargo, Jean Gorinchteyn, que esteve à frente da Secretaria estadual de Saúde até dezembro, lembrou do empenho de Rogatti na criação do programa Mais Santas Casas, lançado em setembro de 2021. A ação destina R$ 1,2 bi aos hospitais filantrópicos do Estado que prestam serviços ao SUS. Atualmente, 227 instituições são contempladas e a ampliação depende da documentação das entidades.
Para aprimorar a assistência aos paulistas, a Fehosp seguirá a colaborar com o Estado, como há anos tem feito, no setor da rede pública de saúde. “O governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Saúde Eleuses Paiva, aliás, reconheceram de imediato o importante papel das Santas Casas e hospitais filantrópicos na estrutura de atendimento público no Estado, e destacaram a prioridade de promover a sustentabilidade dessa rede”, disse Rogatti. “Trabalharemos junto ao secretário e vou atuar especialmente com as Santas Casas e hospitais filantrópicos, para que possamos melhor atender a essas instituições”, completou.
Atualmente, são cerca de 400 unidades filantrópicas e quase 54 mil leitos, entre internação e UTI, distribuídos entre a capital e o interior paulista. As Santas Casas e hospitais filantrópicos são responsáveis por cerca de metade das internações, 50% dos procedimentos de média complexidade e por mais de 70% dos de alta complexidade na rede pública estadual.
SECRETÁRIO
Confirmado para a Pasta desde o mês de novembro, o novo secretário é natural de Santos, fez parte da equipe de campanha, tendo sido o responsável pela coordenação do tema no plano de governo. O também médico Sérgio Okane, foi empossado secretário-adjunto da pasta.
Em seu discurso de posse, Paiva declarou que este será o desafio mais importante de sua trajetória na área da saúde e agradeceu pela confiança depositada em seu trabalho.
Segundo Paiva, é preciso fazer mais para quem tem menos e esta é uma medida há tempos defendida por especialistas no setor. O novo secretário garantiu que não haverá retrocesso no direito à Saúde.
“Precisamos rever as formas de financiamento da saúde pública brasileira, este é o nosso maior desafio. Para isso, precisamos analisar junto a União a tabela de remuneração do SUS, que não sofre reajuste há mais de 15 anos, para que ela seja justa, sustentável e compatível com o porte e qualidade dos serviços prestados pelas Santas Casas e hospitais filantrópicos”, salientou Paiva.
“Estamos prontos e com disposição infinita para colaborar com todas as frentes. Temos como objetivo enfrentar definitivamente a questão do financiamento e o novo governo parece sensível a isso. Então, vamos em frente”, destacou Rogatti.
OBJETIVOS
A Secretaria de Saúde tem o foco imediato em ações que reduzam as filas para os procedimentos eletivos e estimulem a prevenção sistemática, com abordagem multidisciplinar, aperfeiçoamento de todas as etapas da jornada e conscientização da população. Também foi destacado o Programa de Saúde Digital para a incorporação de tecnologia que, de fato, compartilhe valor por toda a rede e gere resultados no desfecho clínico e na experiência do paciente. Para isso, serão ampliados métodos e recursos digitais em todos os municípios paulistas.
“Hoje, a referência que temos em saúde são as Santas casas e hospitais filantrópicos. Por isso, a articulação com o governo federal é fundamental para mantermos a qualidade dos serviços prestados. O Estado agora tem que fazer o seu papel em conjunto com os demais poderes, para que se possa ter o custeio correto dos procedimentos SUS e a abertura de novos leitos, para que como resultado, possamos diminuir as filas eletivas”, disse o governador Tarcísio de Freitas.
Inicialmente, a pasta da saúde prevê articular ações para ampliar os tratamentos oncológicos, iniciativas de prevenção a doenças e projetos ligados à saúde mental.
O secretário Eleuses Paiva afirmou que irá trabalhar para que a gestão receba a contribuição de profissionais com perfil técnico, que os projetos na área sejam cada vez mais eficientes e para que os recursos sejam utilizados da melhor maneira possível. Esse esforço deve estar articulado a ações estruturantes para a reorganização dos setores que integram a pasta.
Também participaram da cerimônia de posse Felício Ramuth, vice-governador do Estado de São Paulo; o deputado Carlão Pignatari, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo; Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal de Saúde, que esteve representando o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, além de secretários de governo e diretores de departamentos regionais do Estado.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Fehosp
