A chamada Ilha Grande Queimada fica perto do litoral paulista e é a segunda com a maior densidade de cobras por metro quadrado no mundo.
Cobras não são os animais mais amados pelas pessoas. Alguns as acham simpáticas, mas a maioria tem pavor. Mesmo assim, elas estão entre os animais que mais provocam fascinação nas pessoas. E no Brasil existe um lugar que é aterrorizante e fascinante ao mesmo tempo, a chamada Ilha da Queimada Grande.
Essa ilha está a 35 quilômetros do litoral paulista e é um dos lugares mais perigosos do mundo todo. Isso porque, no local, existem cinco cobras por metro quadrado. Ou seja, a ilha é infestada por cobras venenosas por todos os cantos. Por conta disso que somente cientistas, que sejam autorizados pela Marinha, podem ir até o local fazer estudos.
A população de cobras é tão grande que, a Queimada Grande é a segunda ilha do mundo com a maior densidade populacional de cobras. Ela está atrás da Ilha de Shedao, na China. Para colocar em números, são três mil cobras em uma área de 430 mil metros quadrados, o que dá 143 cobras a cada mil metros quadrados. Colocando em outra perspectiva, é como se tivessem 1.430 cobras em cada campo de futebol.
Ilha
A Queimada Grande é parte de uma unidade de conservação que foi criada em janeiro de 1984 e é classificada como “área de relevante interesse ecológico”, ou seja, a proteção da ilha, de sua fauna e flora, é determinada por lei. Até porque, no caso da fauna, ela é endêmica, o que quer dizer que só existe lá.
O registro mais antigo desse local é de 1532 feito pelo português Martim Afonso de Souza em uma missão colonizadora. E o nome do local tem um motivo. Antes de ser proibido pessoas irem lá, os marinheiros que iam até a ilha acendiam fogueiras grandes para espantar as cobras, e esse fogo era tão grande que era visto do continente.
Como no local não existem predadores naturais e os humanos não vão mais para lá, a proliferação das cobras foi totalmente livre. Por isso que ela é classificada como um dos ambientes mais inóspitos do planeta.
Assim, como as pessoas não vão mais a essa ilha, desde 1925 ela tem um farol automático que fica na parte mais plana do local. Ele é mantido e conservado pela Marinha e não precisa de ninguém indo até o local.
Cobras
Nessa ilha as cobras vivem livres e sem humanos por perto. Mas existem pessoas que são tão fascinadas com esses animais que os querem ter como pets. No entanto, às vezes essa não é a melhor ideia.
Exemplo disso é o caso dessa mulher que foi parar no hospital depois de ter sido picada por uma cascavel dentro da própria casa na cidade de Salzgitter, na Alemanha. A mulher teve que explicar como foi picada pela cobra, e nesse momento ela acabou confessando para as autoridades que tinha 110 cobras em sua casa.
A alemã de 35 anos, que não teve seu nome divulgado, foi até um hospital local para tratar a picada de cobra na manhã do último domingo. Chegando lá, depois do seu quadro apresentar uma piora, ela recebeu um antídoto feito por um instituto especializado em Hamburgo.
No momento em que a mulher revelou que matinha mais de 100 cobras dentro de sua casa, a polícia fez uma visita até o local. Com isso, eles viram que os animais eram mantidos pela mulher sem preparo nenhum.
Embora a alemã vivesse em uma fazenda, ela não tinha nenhuma estrutura para que as cobras pudessem viver de forma confortável no local. Então, as autoridades emitiram um comunicado dizendo que coletaram todas as cobras, algumas delas peçonhentas, da casa da mulher.
Agora, as cobras devem ser encaminhadas para o centro de preservação local.
A cobra que picou a mulher é uma cascavel. Ela está entre as mais comuns e é vista em praticamente em todo os Estados Unidos. Elas também são conhecidas pelo seu alto grau de perigo, principalmente por seu veneno em suas presas.
O veneno da cascavel causa distúrbios neurológicos, que afetam a vítima seis horas após a picada. Os sintomas mais comuns são dificuldade de locomoção, flacidez na face, visão turva e, em casos graves, insuficiência respiratória aguda. Tudo isso pode levar à morte.
Fonte: MSN, Aventuras na história,