Guilherme Bellini, de 18 anos, é membro do Observatório de Astronomia da Unesp e fez o registro de sua casa. Para compor as imagens do satélite natural foi necessária a junção de 25 mil frames.
À olho nu, a Lua tem a aparência, na maioria das vezes, de um astro brilhante e acinzentado. Porém com o equipamento adequado, a paisagem lunar é bem mais colorida e ajuda especialistas a conhecerem mais sobre nosso satélite natural.
Na noite de 9 de junho, o estudante Guilherme Bellini, de 18 anos, fez uma foto que revela as “cores reais” da Lua com a ajuda de um telescópio.
“Aproveitei o céu limpo para registrar alguns dos corpos mais lindos que podemos observar pelo telescópio. Um deles foi a nossa Lua” conta.
Guilherme é membro do Observatório de Astronomia da Unesp Bauru há 2 anos e compartilha no seu perfil do Instagram posts sobre astronomia e os bastidores dos registros que faz do espaço.
Guilherme é membro do Observatório da Unesp Bauru e compartilha suas experiências pelo perfil “for.astronomy” no Instagram — Foto: Arquivo Pessoal
Na noite do registro, o estudante de física usou um telescópio COSMO com ampliação de cerca de 250 vezes . Foram cerca de 30 gigabytes de material bruto gerado de todas as faces da lua e mais de 25 mil frames para compor uma espécie de mosaico que foi o resultado final.
As cores observadas revelam as diferentes composições químicas da superfície lunar. Os tons azuis correspondem às áreas ricas em óxido de titânio (TiO2) enquanto as regiões alaranjadas ou púrpuras indicam rochas relativamente pobres em titânio (Ti) e ferro (Fe).
As cores observadas revelam as diferentes composições químicas da superfície lunar — Foto: Guilherme Bellini
A coloração diferenciada ajuda cientistas no mapeamento da superfície lunar. Os parâmetros de presença ou não dos elementos químicos, comprovados com amostras recolhidas na Missão Apolo, permite analisar a composição química do solo lunar através de fotografias.
Fonte: G1