Estudante é aprovada em 8 faculdades nacionais e 6 estrangeiras na 1ª tentativa: ‘Esforços recompensados’

Uma jovem de 18 anos, moradora de Jundiaí (SP), foi aprovada em 14 faculdades públicas e particulares para três cursos diferentes, incluindo medicina. Do total de aprovações, cinco foram em instituições dos Estados Unidos e uma na Espanha.

Ao G1, Ana Lia Chiorlin Felix explica que todas as aprovações foram conquistadas na primeira tentativa dela, aos 17 anos. A jovem conta que nunca achou os estudos cansativos, pois sempre sentiu prazer na rotina de aproximadamente 10 horas divididas entre leituras e exercícios de revisão.

Ana sempre se esforçou para ter sucesso na escola. Quando iniciou o ensino médio, se destacou entre os alunos do seu colégio e recebeu uma bolsa de mérito pelas boas notas. O bom desempenho vem desde a infância, quando ela começou a praticar esportes. Tendo a dança como seu grande amor, aprendeu a se organizar.

“Organização e horários sempre fizeram parte da minha vida, desde criança. Assim, só tive que adequar para os vestibulares”, diz.

Ela também diz que usou o ano da pandemia para aproveitar ao máximo os estudos e obter um bom resultado nos vestibulares. “Eu estava presente nas aulas, fiz praticamente todos os exercícios das apostilas e todas as propostas de redação da escola e da plataforma oferecida pelo colégio”, conta.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Durante os dias de aula, Ana fixava os conteúdos que deveria estudar e, aos fins de semana, realizava diversos tipos de simulados e provas de vestibulares anteriores.

O amor pelos estudos fez com que ela colhesse frutos antes mesmo de iniciar a temporada de vestibulares. Em 2019, foi para os Estados Unidos participar de uma competição de dança. No país, Ana fez contatos e conseguiu uma bolsa de estudos de um ano, mas resolveu postergar a oportunidade.

“Estava no meio do ensino médio e tinha interesse em manter minhas boas notas para ter um boletim à altura de competir nos processos seletivos das faculdades do exterior e também nas do Brasil”, explica.

Estratégia

A estudante decidiu que gostaria de cursar medicina depois de realizar um trabalho voluntário pelo colégio no hospital público da cidade, pois, até então, seguiria sua grande paixão: a dança.

Após tomar a decisão, a vestibulanda definiu uma estratégia: prestar química nas faculdades públicas e medicina nas particulares, mesmo sem cursinho, algo que ela considerava essencial para obter a aprovação. Nas universidades estrangeiras, concorreu ao curso de química e biologia pré-medicina.

Confira a lista de universidades nas quais Ana foi aprovada:

Medicina:

  • Pontifícia Universidade Católica (PUC) – campus Campinas;
  • Fundação Educacional de Penápolis (Funepe);
  • Universidade Cidade de São Paulo (Unicid);
  • Centro Universitário Assunção (Unifai);
  • Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS);
  • Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS-SP) – campus São Paulo.

Química:

  • Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
  • Instituto Federal de São Paulo (IFSP)

Química e biologia pré-medicina:

  • Minnesota State University (MNSU) – Mankato – Estados Unidos;
  • Ohio Northern University (Onu) – Estados Unidos;
  • Saint Louis University (SLU) – campus Madri – Espanha;
  • Saint Leo University – Estados Unidos;
  • Florida Southern College (FSC) – Estados Unidos;
  • Florida Institute of Technology – Estados Unidos.

Critérios de aprovação

Segundo Ana, para conseguir a aprovação em algumas faculdades, como Funepe, Unifai e Unicid, foi utilizada a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, o qual ela prestou como treineira. As demais faculdades nacionais foram conquistadas por vestibulares próprios.

Já para conseguir uma vaga nas faculdades do exterior, ela explica que foram avaliadas as notas do ensino médio e uma nota de corte de língua inglesa proveniente de exames. “Me preparei nas férias de julho e prestei no fim do mesmo mês”, conta a estudante.

Ana também explica que, nestas faculdades e universidades, outros quesitos são avaliados, como trabalho voluntário, atividades esportivas, engajamento em outros projetos de liderança e até uma redação enviada à parte em algumas instituições.

“Fiquei muito feliz e satisfeita por constatar que meus esforços foram recompensados. Minha família, que sempre esteve me apoiando nesse processo, também ficou muito orgulhosa”, conta.

Para onde vai?

Com tantas opções, fica até difícil de escolher. A preferência de Ana era estudar nos Estados Unidos, mas, por conta da pandemia, o sonho teve que ser adiado. A estudante analisou a situação e optou pelo curso de medicina na Universidade Municipal de São Caetano do Sul, no campus de São Paulo.

“Posso continuar morando com a minha família por ser uma das faculdades com menor custo do estado e por utilizar a metodologia ativa de ensino”, explica.

A metodologia ativa foca no aluno como agente principal responsável pela sua aprendizagem, fazendo com que ele se comprometa com os estudos.

Agora, no início do curso, Ana pensa na área que gostaria de seguir. “Tenho interesse em ortopedia na área de esporte para continuar em contato com a dança e, quem sabe, oftalmologia”, diz.

Ela também não pretende deixar a paixão pela dança acabar. “Danço desde os dois anos e até hoje. Pretendo tentar conciliar a dança com a faculdade, mesmo que com um ritmo muito menor”, finaliza.

Ana não pretende deixar a paixão pela dança acabar, mesmo enquanto cursa medicina — Foto: Arquivo pessoal

Ana não pretende deixar a paixão pela dança acabar, mesmo enquanto cursa medicina — Foto: Arquivo pessoal

Fonte: G1

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