Farmácias e estabelecimentos voltados à alimentação, como mercados e mercearias, poderão funcionar somente via delivery. Medidas começam a valer nesta quinta-feira (27) e seguem até 10 de junho.
Com o agravamento da pandemia, a Prefeitura de Franca (SP) anunciou, nesta segunda-feira (24), a restrição do funcionamento de supermercados, mercados e mercearias, bem como o fechamento total de comércios e serviços como forma de tentar conter o avanço da Covid-19.
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Em coletiva de imprensa, o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) frisou que as novas determinações entram em vigor nesta quinta-feira (27), data em que o decreto deve ser publicado no Diário Oficial do município, e seguem até 10 de junho.
“[Essas medidas] têm que ser tomadas para evitar que as pessoas morram sem atendimento na porta do pronto-socorro, que as pessoas morram sentadas na cadeira sem oxigênio para receber, que as pessoas morram porque não tem medicamentos”, disse Ferreira.
O chefe do Executivo ressaltou que os estabelecimentos voltados à alimentação e farmácias têm autorização para funcionar somente via delivery (veja detalhes abaixo). Postos de combustíveis estão autorizados a abrir, mas as lojas de conveniência devem permanecer fechadas.
Clínicas médicas, odontológicas e veterinárias devem atender apenas casos de urgência, estando suspensas, portanto, as consultas eletivas. Já as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizarão apenas vacinação e atendimentos de urgência e emergência.
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Podem funcionar APENAS via delivery:
- Supermercados, mercearias, mercados e demais estabelecimentos que tenham pelo menos 70% da área comercial ocupada por produtos essenciais (alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal)
- Padarias, açougues, restaurantes e lanchonetes
- Comércio atacadista e varejista hortifrutigranjeiro
- Distribuidoras de gás de cozinha
- Comércios de insumos médico-hospitalares de higienização
- Pet shops e agropecuárias
- Farmácias e drogarias
As demais atividades que não foram citadas na lista acima devem permanecer fechadas, segundo a administração municipal. A cidade segue com toque de recolher entre 20h e 5h.
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Restrições anteriores
Na última quinta-feira (20), foram instauradas medidas mais restritivas na cidade para conter a disseminação da doença. À época, a prefeitura determinou a proibição do atendimento presencial em lojas, shoppings, academias, bares e restaurantes.
De acordo com o prefeito, o estreitamento das restrições foi necessário devido aos repetidos episódios de desrespeito às medidas sanitárias e aglomerações, aumento da fila por vagas em UTIs e maior taxa de transmissibilidade na cidade, além de uma mudança nas características de infecção.
“Um volume maior de pessoas está precisando de internação, coisa que não tínhamos lá atrás, em janeiro. Um volume maior de pessoas precisando de terapia renal substitutiva, precisando fazer hemodiálise […] o tempo de internação dessas pessoas nos hospitais, nos leitos, também está aumentando demais”, explicou.
Com cerca de 350 mil habitantes, a cidade já registrou, desde o início da pandemia, 28.245 casos da doença e 590 mortes, de acordo com o último boletim epidemiológico. Dos 59 leitos de UTI disponíveis no SUS, 57 estavam ocupados, o que corresponde a 96,6%.
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Fonte: G1