Geada da semana passada surpreende produtores e causa prejuízos em áreas de cana-de-açúcar de Palmital

O amanhecer do domingo de Dia dos Pais, 10 de agosto, trouxe um cenário inesperado para alguns produtores da região. Temperaturas que variaram entre -2°C e 5°C atingiram áreas de cana-de-açúcar e ocasionaram a formação de geadas, provocando danos significativos e exigindo estratégias emergenciais para recuperação das lavouras.

De acordo com o Departamento Agrícola da Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana do Vale do Paranapanema (Assocana), diversos associados relataram impactos das geadas registradas no início do dia. Um dos casos mais preocupantes foi informado pelo agrônomo Ademir Moura, responsável pelo Grupo Finotti Agrícola, em Palmital, onde a mínima foi de 3,4°C.

Só este ano já registramos seis geadas, das quais três mais fracas e outras três mais fortes, que chegaram a causar danos consideráveis. A primeira geada forte matou a brotação da cana, que já estava com cerca de 60 dias. Quando a planta começava a se recuperar, tivemos novamente três dias consecutivos de baixas temperaturas, e a brotação morreu outra vez”, contou Ademir.

Apesar das perdas, o agrônomo afirma que não desistirá da área. A estratégia será aguardar a nova brotação e aplicar aminoácidos para estimular o fortalecimento rápido das plantas. “É uma tentativa. Agora, a esperança é de que outubro traga boas chuvas para minimizar os impactos”, completou Ademir.

De acordo com a Assocana, também há relatos de áreas de cana atingidas por geadas na região do Vale Paranapanema. Conforme a entidade, os registros da ocorrência de formação de gelo em canaviais são de Echaporã, Maracaí e Cândido Mota — nesta última, mais especificamente na região da Água do Pary-Veado, que fica na divisa com o município de Palmital.

Segundo técnicos da Assocana, o problema se agrava em áreas de canas cortadas no início da safra, em abril, que já haviam sofrido geadas anteriores. “Nesses casos, as plantas perderam aproximadamente três meses de crescimento, o que deve obrigar a antecipação do corte na próxima safra. Essa prática, embora necessária, pode comprometer a produtividade e impactar o rendimento dos canaviais, devido a idade fisiológica”, diz trecho de nota da entidade.

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Cláudio Pissolito

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