Gestação em pets: entenda como é e quais os cuidados necessários para as fêmeas e seus filhotes

Veterinárias explicam quais as mudanças físicas e comportamentais de cada ciclo e ressaltam a importância de acompanhamento médico para cachorras e gatas nessa fase


A gestação é um momento muito lindo e delicado para as mulheres e, tratando-se de pets, é tão gracioso quanto. Entretanto, o assunto gera muitas dúvidas em tutores que passam por essa fase com seus bichinhos de estimação e não sabem ao certo os cuidados necessários.

Geralmente, a gestação em cachorras dura em média 58 a 68 dias; já em gatas, de 64 a 67 dias, tempo que gera diversas mudanças, tanto físicas como comportamentais. As veterinárias Larissa Nunes e Isabel Oliveira, de Sorocaba (SP), disseram que a atenção dos donos é de extrema importância nesse momento.

A veterinária Larissa Nunes afirma que, durante a gestação em pets, a vermifugação e a vacinação devem estar em dia  — Foto: Arquivo pessoal

A veterinária Larissa Nunes afirma que, durante a gestação em pets, a vermifugação e a vacinação devem estar em dia — Foto: Arquivo pessoal

Como identificar os sinais da gravidez em pets?

Larissa afirma que um dos sinais para comprovar a gravidez em pets é o aumento das mamas. “O volume das mamas é um dos sinais da gravidez em fêmeas e, mais para o meio da gestação, um aumento do volume abdominal. Alguns animais podem apresentar produção de leite já no início da gestação e mudanças comportamentais”, ressalta.

Quais os principais cuidados na gestação?

Alguns cuidados principais devem ser observados, como a nutrição adequada e o acompanhamento com um médico-veterinário, de acordo com Larissa. Além disso, a vermifugação e a vacinação devem estar em dia. Isabel também alerta para outras medidas: “Deve-se diminuir os esforços como passeios mais prolongados, pular em sofás e escadas, ter cuidado com brincadeiras com mais cães e evitar o estresse das fêmeas ”.

Um dos sinais para comprovar a gravidez em fêmeas é o aumento do volume das mamas — Foto: Pinterest

Um dos sinais para comprovar a gravidez em fêmeas é o aumento do volume das mamas — Foto: Pinterest

Existe o risco de contrair doenças ou infecções nessa fase?

Segundo Isabel, pode ocorrer a brucelose canina, que pode acometer tanto cadelas quanto filhotes. Trata-se de uma doença causada por bactérias do gênero Brucella e, nos cães, o agente é conhecido como Brucella canis, que pode ter um curso clínico longo. Além dela, outras doenças podem atravessar a barreira hematocefálica formada na placenta. Medicamentos não preconizados para fêmeas gestantes também podem chegar aos filhotes e prejudicá-los, conforme a veterinária.

Qual é a alimentação necessária na gestação?

As veterinárias indicam uma alimentação com nutrientes e de alta qualidade, como também uma ração para filhotes com as vitaminas necessárias.

Segundo a veterinária Isabel Oliveira, a brucelose canina é uma das doenças que pode afetar cadelas durante a gravidez — Foto: Arquivo pessoal

Segundo a veterinária Isabel Oliveira, a brucelose canina é uma das doenças que pode afetar cadelas durante a gravidez — Foto: Arquivo pessoal

Cachorras e gatas também devem fazer o pré-natal?

“Sim. A partir do 25º dia já conseguimos confirmar a gravidez com o exame ultrassonográfico, sendo possível o acompanhamento pelo mesmo. O hemograma da fêmea também pode complementar para para saber se ela está saudável e com tudo certinho. Também pode ser feito um exame radiográfico no terço final da gestação que é mais específico para a contagem dos filhotes”, destaca Isabel.

Existe mudança no comportamento das prenhas?

De acordo com as profissionais, a fêmea pode sim apresentar mudança de comportamento, devido às alterações hormonais. Alguns tutores chegam a notar a formação de ninhos, por exemplo.

Os filhotes devem estar sempre aquecidos e protegidos — Foto: Freepik

Os filhotes devem estar sempre aquecidos e protegidos — Foto: Freepik

Como deve ser o cuidado com os filhotes?

Larissa diz que os cuidados necessários variam de animal para animal. “Devemos avaliar a necessidade. Por exemplo, para um filhote que não está conseguindo mamar na mãe, deve-se dar uma fórmula. Também não é bom ficar manipulando o filhote sem necessidade, para evitar que ele contraia doenças e sofra traumas, como lesões e fraturas”. Isabel ainda conclui que os filhotes devem sempre estar aquecidos e protegidos. “Depois do desmame, é bom oferecer a quantidade certa da ração, mantendo-os hidratados, aquecidos e protegidos”.

Fonte: G1

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