Guerra da vacina

No início do Século 20, o Brasil assistiu a um espetáculo grotesco denominado Revolta da Vacina, com origem e ápice no Rio de Janeiro, onde aconteceu um motim popular contra a lei que obrigava a vacinação contra a Varíola e as medidas de reforma urbana e saneamento lideradas pelo prefeito Pereira Passos e o renomado médico Oswaldo Cruz, cujo nome denomina um dos principais centros de produção científica de combate a doenças epidêmicas, a Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz -, referência nacional e mundial. Passado mais de século, o fenômeno se repete pelos meios eletrônicos, agora liderado pelos negacionistas.

Teóricos ávidos pela popularidade, com boa retórica e argumentos pífios, mas veementes, preenchem lacunas de programas de rádio e TV com discursos inflamados de desqualificação da vacina, como se o produto farmacêutico feito para combater a pandemia fosse veneno para destruir a humanidade. Usando aqui o mesmo argumento tosco, que é o interesse econômico citado pelos doidos de plantão, nenhum laboratório, por menor que seja, tem interesse em reduzir a população, pois mortos não consomem medicamentos. Pela lógica do capitalismo, quanto mais gente viva, maior o consumo de remédios e maior o lucro dos fabricantes.

Leia a coluna completa na versão impressa do JC.

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Cláudio Pissolito

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