As antigas, e principalmente as novas gerações de brasileiros, transmitem e adquirem a saudável cultura da proteção ambiental, que inclui animais domésticos, silvestres e selvagens, notadamente os mais conhecidos e que têm convivência histórica com os humanos, como cães, gatos e cavalos.
Em muitas cidades, estão sendo criadas leis de proteção a animais e até de proibição de uso de cavalos, éguas, burros e mulas para tração de carroças, mesmo que seja como atividade profissional daqueles que sustentam suas famílias oferecendo serviços de fretes ou de recolhimento de materiais para reciclagem.
Já existem vários casos de carroceiros presos e animais e carroças recolhidos devido a maus tratos e também pela falta de legalização do veículo, enquanto por outro lado existe denúncia de vereador investigado por amarrar uma bombinha em um cavalo, indicando punições diferentes para casos iguais.
As leis e regras de proteção aos animais são justas e necessárias, mas deveriam chegar acompanhadas de medidas de substituição das situações de exploração para a garantia de cuidados, para que haja uma transição equilibrada que proteja tanto a vida dos bichos quanto as necessidades das pessoas.
“…casos de carroceiros presos e animais e carroças recolhidos…”
A adoção e a convivência de animais nas empresas, casas e apartamentos estão gerando conflitos entre vizinhos, principalmente nos condomínios residenciais onde os espaços são restritos e existem regras para ruído e de recolhimento dos detritos, nem sempre cumpridas.
Em espaços públicos também acontecem os abusos que causam desavenças pela falta de cuidados durante os passeios com os animais que defecam em praças, nos passeios e em outras residências, além do perigo de cães ferozes que podem atacar transeuntes e assustar ou até ferir crianças e adultos, com muitos casos registrados frequentemente.
Diante dos muitos fatos corriqueiros do cotidiano e também de casos graves que se transformam em processos judiciais, é preciso rever as formas de se proteger e cuidar dos animais, pois a mudança deve ser lenta e gradual, já que depende muito da consciência de cada indivíduo e até mesmo a cultura da região.
Criar leis e regras sem a devida correspondência em medidas que assegurem o cumprimento de forma justa e sem prejudicar terceiros é uma forma inteligente de proteger os animais e também defender os interesses e o trabalho das pessoas, lembrando sempre que, nesta guerra absurda, os humanos ainda são mais importantes.
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