O Dia Nacional do Vira-Lata, que faz referência aos cães sem raça definida (SRD), é celebrado nesta quinta-feira (31/07) com o objetivo de incentivar a adoção responsável e o não-abandono de animais. O Vira-Lata brasileiro já virou uma figura cativa da cultura brasileira, sendo alvo de memes da internet e presente na literatura, música e na arte como um todo.
O cão é o queridinho dos brasileiros, representando 32% da população canina, segundo o Pet Censo 2020. A celebração dedicada ao cãozinho foi criada, também, para combater a visão preconceituosa e distorcida do homem sobre os vira-latas e tirar o estigma de animais sujos, que vivem do lixo, ou que são inferiores, como foram associados por muito tempo.
Mas, afinal, de onde surgiu o termo vira-lata?
O termo vira-lata surgiu em razão de muitos cães e gatos viverem nas ruas. Em meio a luta pela sobrevivência, em busca de alimentos e abrigos, esses animais acabam derrubando latas e sacos de lixo. Diante dessa realidade, os animais eram chamados de vira-lata, mas com um viés pejorativo, com um sentido de inferioridade.
Também conhecidos pela abreviação SDR, os vira-latas são animais sem uma raça definida. Com isso, eles não têm certificado de linhagem/origem (pedigree) e são frutos de uma mistura de raças. Apesar disso, os cãezinhos vira-latas são os favoritos da população brasileira.
A raça é a mais popular entre os brasileiros e corresponde a 32% da população canina, seguido dos Shih Tzu, com 12%, e dos Yorkshire Terrier, com 6%. Já entre os gatinhos, os animais sem raça definida também dominam no Brasil, segundo o Pet Censo. Segundo dados da pesquisa, 95% dos gatos brasileiros são vira-latas, seguido das raças Siamês, com 2%, e Angorá Turco, com 0,4%.
Vale ressaltar que o abandono de animais é considerado maus-tratos, ou seja, é um crime previsto na legislação brasileira. Com a Lei Sansão, quem pratica maus-tratos contra animais pode pegar uma pena de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição de guarda.
No Brasil, existem cerca de 30 milhões de animais abandonados nas ruas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dos quais 10 milhões são gatos e 20 milhões, cães.
Fonte: Rádio Itatiaia
