Ainda repercute em Ourinhos a tragédia ocorrida na tarde do último sábado (22/07), quando o senhor Adolvair Gomes, de 60 anos, matou o próprio filho Cleiton de Souza Gomes, de 39 anos. O crime aconteceu em frente a um bar no Jardim Itamaraty, em Ourinhos.
Adolvair teria desferido três facadas na vítima, resultando em sua morte. O Passando a Régua teve acesso ao registro policial, com mais detalhes do que aconteceu.
Após esfaquear o filho, Adolvair foi preso pela Polícia Militar entrando em sua residência. Ele estava com as vestes, assim como sua perna, sujas de sangue da vítima. Ao ser abordado pelos policiais militares, ele informou que tinha feito uma besteira, não sabendo dizer se havia apenas lesionado ou ceifado a vida de seu próprio filho. Narrou que “estava cansado de apanhar” (sic).
Questionado sobre a faca, Adolvair explanou que faz trabalhos com empunhaduras artesanais e teria feito uma faca para um amigo. Os policiais militares conduziram o acusado ao Plantão Policial, na CPJ de Ourinhos, para deliberação do registro da ocorrência.
A Polícia descobriu o bar em que Cleiton (a vítima) estava, tratando-se de um estabelecimento de cor azul, com portas do tipo “rollup” de cor marrom, situado no começo da Rua Rafael Nochese, (para quem entra o Jardim Itamaraty), próximo à “Loja do Tio Marco”. Pelo local, compareceram a Equipe de Perícias do IC (Instituto de Criminalística de Ourinhos), bem como a Funerária Ourinhos para recolher o corpo. A arma do crime (a faca) foi apreendida no local.
Ainda, no local, uma testemunha informou que nunca teve problemas com Cleiton. Narrou que Cleiton bebia, contudo, nunca deu problema, Porém, seu pai, Adolvair, possui histórico de consumir bebidas alcoólicas e “causar problemas”. Que no sábado, Cleiton estava no bar, comendo um salgado e tomando cerveja e, após, saiu, quando a testemunha apenas ouviu uma gritaria, não sabendo identificar o motivo da mesma – acreditando tratar-se de brigas corriqueiras do local -, quando uma pessoa o informou de que dois indivíduos do sexo masculino haviam discutido, culminando em esfaqueamento. A testemunha afirmou que não presenciou o crime.
Também foi ouvida a esposa de Adolvair, que esclareceu que a relação entre os dois estava conturbada, pois o pai “jogava na cara” (sic) que o filho “estaria devendo para ele” (sic). Narrou que o acusado consome bebidas alcoólicas todos os dias e que, por estar bêbado, anda com uma faca ou facão. Que, no sábado ao sair de casa, disse para Maria Regina: “hoje o seu filho só vem para casa dentro do caixote (sic)”.
A mulher soube por familiares que Adolvair desferiu uma facada em Cleiton e que o filho veio a óbito. A mulher viu o marido chegar à residência, todo ensanguentado, oportunidade em que saiu do imóvel. O acusado confessou que desferiu “três facadas” em seu filho Cleiton tendo em vista que Cleiton encontrava-se no bar, enquanto “prestações da casa de Cleiton estariam em atraso e o pai (autor) seria o responsável pelo pagamento, ajudando-o, enquanto o filho estava bebendo”.
Que, durante a briga, o pai se lesionou no braço. Adolvair foi preso em flagrante pelo crime de homicídio e permaneceu preso em cela do Plantão Policial, estando à disposição da Justiça. O corpo de Cleiton foi sepultado na manhã de domingo (23/07) no Cemitério Municipal de Ourinhos.
Fonte: Passando a Régua