A morte do tenente Atanázio, de 24 anos, ocorrida nesta semana em São Manuel, acabou levando a polícia a descobrir um crime bárbaro: o atirador, Luan Nilton Martins, havia assassinado dias antes a própria esposa, no Rio de Janeiro, e escondeu o corpo dentro de uma geladeira. A vítima só foi encontrada no fim de semana pelo próprio irmão.
As Polícias Civil e Militar, que trabalhavam na morte do tenente cujo confronto também deixou outros dois oficiais baleados, havia descoberto que o carro usado por Luan estava em nome de Ione dos Santos, inclusive documentos dela estavam no interior do veículo. Esse detalhe ainda estava sendo investigado. Ione atuava como Pastora e Juíza de Paz, celebrando casamentos.
Luan Nilton Martins estaria fugindo após assassinar a esposa no RJ. Mas, no Estado do Rio de Janeiro outra “investigação paralela” estava sendo feita sem que ninguém soubesse. O irmão de Ione, estranhou o fato de dela não telefonar para ele no dia de seu aniversário (25), como de costume.
Sem contato com ela, checou seu perfil em uma rede social e verificou que a última postagem teria sido no dia anterior (24). Daí começou a pesquisar pelo nome de seu cunhado, Luan, e encontrou uma reportagem dizendo que o mesmo havia morrido em São Paulo, em uma troca de tiros com policiais no dia 25, na cidade de São Manuel..
Foi, então, que ele resolveu procurar pela irmã, desaparecida, em delegacias, hospitais, mas sem sucesso. Diante disso, foi até Vera Cruz (Zona Rural de Miguel Pereira – RJ), onde ela havia alugado uma casa.
Com ajuda de moradores da localidade, achou a residência. Ao entrar, viu a geladeira ligada, amarrada com arames e lençóis, com a porta virada para a parede, sem marcas de sangue. Ao conferir o que havia dentro, encontrou o corpo de Ione.
MOTIVO DO CONFRONTO
Tenente Atanázio pediu os documentos e acabou morto a tiros. Agora, a polícia suspeita que Luan, após assassinar a própria esposa, veio para o interior paulista usando o carro dela para fugir da prisão. Tudo indica que, quando o tenente Atanázio lhe pediu os documentos, achou que seria descoberto e por isso atirou no PM e acabou morto no confronto.
Segundo testemunhas, Luan Martins era ex-presidiário e Ione tentava ressocializá-lo, investindo em cursos profissionalizantes e buscando uma colocação para ele no mercado de trabalho. Eles estavam juntos há cinco anos, numa relação conturbada, em que ela chegou a registrar na DP, em dezembro passado, uma ameaça de morte recebida por Luan, solicitando medidas protetivas.
Fonte: Visão Notícias